“Histórias e Peculiaridades que Marcam o GP do Japão na Fórmula 1”
O Grande Prêmio do Japão é uma das corridas mais icônicas e aguardadas do calendário da Fórmula 1. Realizado principalmente no lendário circuito de Suzuka, o evento combina velocidade, história e uma atmosfera única impulsionada pelos apaixonados fãs japoneses. Confira cinco curiosidades que tornam essa prova ainda mais especial!
1. O Único Circuito em Formato de Oito
Suzuka é o único circuito da Fórmula 1 com um traçado em formato de “oito”, graças a uma ponte que cruza a pista entre as curvas Degner 2 e a reta oposta. Projetado por John Hugenholtz e inaugurado em 1962 como pista de testes da Honda, esse layout desafiador exige precisão dos pilotos, com curvas de alta velocidade como a 130R e as sinuosas Esses. Essa configuração única não só testa os limites dos carros, mas também encanta os espectadores com a possibilidade de ver os monopostos passando uns sobre os outros.
2. Palco de Decisões Épicas de Título
O GP do Japão é famoso por ser um palco recorrente de decisões de campeonato. Desde sua estreia no calendário da F1 em 1976, em Fuji, e especialmente em Suzuka a partir de 1987, a corrida já decidiu o título mundial em 13 ocasiões. Um dos momentos mais marcantes foi em 1989, quando os companheiros de McLaren, Ayrton Senna e Alain Prost, colidiram na chicane, garantindo o título a Prost. No ano seguinte, em 1990, outra batida entre os dois, desta vez no início da prova, deu o troco a Senna, selando seu bicampeonato.
3. A Estreia em Meio a um Dilúvio
A primeira edição do GP do Japão como parte do campeonato mundial, em 1976, no circuito de Fuji, foi marcada por condições extremas. Sob chuva torrencial, Niki Lauda, que disputava o título com James Hunt, abandonou a corrida por considerar as condições perigosas demais — uma decisão influenciada por seu acidente quase fatal meses antes. Hunt terminou em terceiro, conquistando os pontos necessários para vencer o campeonato por apenas um ponto. A vitória na prova ficou com Mario Andretti, em um dia que entrou para a história.
4. O Impacto dos Fãs Japoneses
Os fãs japoneses são conhecidos por sua paixão e criatividade, transformando o GP em um verdadeiro espetáculo fora da pista. Eles lotam as arquibancadas com cartazes coloridos, fantasias e até coreografias em homenagem aos pilotos, especialmente os locais, como Yuki Tsunoda. Essa energia única cria uma atmosfera vibrante, que muitos pilotos, como Lewis Hamilton e Max Verstappen, já destacaram como uma das melhores do calendário.
5. A Passagem entre Fuji e Suzuka
Embora Suzuka seja a casa atual do GP do Japão, o evento já teve uma dança entre circuitos. Fuji Speedway sediou as edições de 1976 e 1977, retornando em 2007 e 2008, enquanto Suzuka domina desde 1987, com exceção desses dois anos. A rivalidade entre Honda (dona de Suzuka) e Toyota (dona de Fuji) influenciou essa alternância, mas Suzuka se consolidou como favorita por seu traçado técnico e histórico. Curiosamente, Fuji quase se tornou uma pista de estilo NASCAR, com curvas inclinadas, mas foi adaptada para um circuito de estrada antes de receber a F1.
O Grande Prêmio do Japão é mais do que uma corrida: é uma celebração da engenhosidade, da paixão pelo automobilismo e de momentos que definiram a Fórmula 1. Seja pelo traçado único de Suzuka, pelos dramas de campeonato ou pelo entusiasmo dos fãs, essa prova continua a escrever sua história no esporte a cada ano. Você já escolheu seu favorito para a próxima edição?