Preço do ovo de Páscoa pode ter variação de até 58% na capital; consumidor deve considerar vários fatores e pesquisar bastante antes de comprar

A pesquisa de produtos de Páscoa feita pelo Procon-SP com o objetivo de oferecer uma referência ao consumidor e auxiliá-lo nas suas escolhas de consumo passa a oferecer os preços de produtos muito usados nas refeições, como pescados, legumes e azeite. E, para os consumidores da capital, até uma tabela com os gastos em reais – sempre visando oferecer mais informações a partir de uma estimativa dos custos médios.

Os resultados reforçam a importância da comparação dos preços em diferentes locais em uma mesma cidade. Feita na capital, na Baixada Santista (Santos e São Vicente), Bauru, Jundiaí, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba, a iniciativa constatou diferenças de até 412% entre estabelecimentos de uma mesma região.

Na capital, onde a coleta de preços foi feita dias 25 e 26 de março em dez supermercados divididos entre as zonas norte, sul, leste, oeste e central, a maior diferença verificada entre os ovos de Páscoa foi de 58,27%: o ovo Ouro Branco de 359g da Lacta estava R$ 90,20 em um supermercado e, em outro, R$ 56,99. Entre os pescados congelados, a maior diferença foi de 88,83%: o filé de tilápia congelado de 800g, do fabricante Copacol, estava R$ 65,90 em um local e, em outro, R$ 34,90.

Veja aqui o relatório completo.

Além dos ovos de chocolate, os especialistas da fundação coletaram e compararam os valores de venda de bolos de Páscoa, bombons e tabletes de chocolate de diversas marcas, tipos e modelos e, pela primeira vez, foram coletados os preços de itens que compõem um dos pratos principais do almoço de Páscoa: pescado congelado (bacalhau, merluza, tilápia) e in natura (bacalhau, salmão, sardinha, tilápia), azeites, azeitonas e legumes a granel (batata, cebola, pimentão e tomate).

Entre todos os segmentos, a maior diferença de preços entre os locais visitados na capital foi de 285,71%, em um item usado para fazer o prato do almoço: a cebola a granel (kg) estava R$ 9,99 em um local enquanto em outro era vendida por R$ 2,59.

Valor médio do chocolate

Para facilitar a comparação e oferecer mais informações aos consumidores, os especialistas calcularam o valor médio do quilo dos tabletes, bombons e ovos de Páscoa, que são respectivamente de R$ 101,08, R$ 178,62 e R$ 325,34.

O cálculo tem como base o valor médio dos produtos envolvidos nesta edição da pesquisa.

Opções de receitas – referência de valor médio

Como forma de auxiliar o consumidor a encontrar opções para o almoço de Páscoa, os especialistas levantaram o valor médio (total e por porção) de seis receitas – de 8 a 10 porções – contendo pescado e legumes. O prato Bacalhau Zarbo, por exemplo, contendo ingredientes como bacalhau zarbo, batatas, pimentões, tomate, cebolas, alho e azeite, por exemplo, apresenta um custo médio de R$ 183,32. As outras opções têm custo médio que vão de R$ 115,00 a R$ 305,00 – veja aqui as outras receitas.

Interior e litoral

Nos dias 19, 21, 24 e 25 de março, os especialistas dos Núcleos Regionais do Procon-SP visitaram um total de 58 supermercados – seis em Santos e São Vicente; nove em Bauru; seis em Jundiaí; sete em Presidente Prudente; oito em Ribeirão Preto; sete em São José do Rio Preto; oito em São José dos Campos e sete em Sorocaba – para coletar os preços dos itens envolvidos no levantamento. O escritório de Campinas fez a pesquisa na cidade de Jundiaí e contou com a colaboração do Procon Municipal de Jundiaí.

A Baixada Santista foi a região em que foi constatada a maior variação de preços, de 412%: a batata lavada (kg) foi encontrada em um local por R$ 9,99, enquanto outro vendia o mesmo produto por R$ 1,95.

A segunda maior diferença entre os preços dos supermercados foi em São José do Rio Preto – a batata lavada a granel (kg) foi encontrada por R$ 9,99 em um estabelecimento e por R$ 1,99 em outro (diferença de 402,01%).

Na comparação dos preços dos ovos de Páscoa, foi em São José do Rio Preto que a equipe encontrou a maior diferença entre os valores praticados entre os estabelecimentos locais. Para três tipos de ovos de Páscoa da fabricante Lacta (ao Leite 157g; Laka 162g; Diamante Negro 163g) foi constatada uma diferença de mais de 132%; enquanto um supermercado vendia o produto por R$ 97,49, outro vendia por R$ 41,99.

Em Ribeirão Preto, também foi verificada uma diferença de mais de 100% no ovo de Páscoa – o ovo de Páscoa Kinder Ovo Maxi Natoons de 150g da Ferrero Rocher estava R$ 105,90 em um supermercado e R$ 49,98 em outro (variação de 111,88%).

Veja os relatórios de cada região: Baixada SantistaBauruJundiaíPresidente PrudenteRibeirão PretoSão José do Rio PretoSão José dos Campos e Sorocaba.

Recomendações importantes

Na hora de comprar, o consumidor deve considerar também a relação custo-benefício do deslocamento até um estabelecimento que ofereça produtos mais baratos que os da sua região, bem como a comodidade e a segurança de comprar em lojas com estacionamento ou localizadas em shoppings.

O consumidor deve sempre exigir a nota fiscal no ato da compra e ficar atento ao prazo de validade, à composição e ao peso líquido do produto. Além de ler com atenção os rótulos e as embalagens dos produtos.

Ovos de Páscoa que trazem brinquedos devem apresentar em sua embalagem a frase “Atenção: contém brinquedo certificado no âmbito do Sistema Brasileiro da Avaliação da Conformidade”. Também é obrigatória a indicação de faixa etária ou, se for o caso, frase que informe que não existe restrição de faixa etária. O brinquedo deve ter o selo do Inmetro em sua embalagem, identificação do fabricante (nome, CNPJ, endereço), importador (caso o brinquedo seja importado), instruções de uso e de montagem e de eventuais riscos que possam apresentar à criança.

Os peixes frescos devem estar conservados em gelo. A higiene e o armazenamento são itens importantes: no supermercado, devem estar em balcão frigorífico e, na feira, é necessário ter gelo picado por cima, estar exposto em balcão de aço inox inclinado e protegido do sol e de insetos, além de ser obrigatório que o feirante use luvas descartáveis.

No caso do peixe congelado e aqueles que são vendidos em embalagens, o balcão onde estiver armazenado não pode estar superlotado. Isso impede a circulação do ar frio e compromete a qualidade. O produto deve estar conservado sempre a temperaturas inferiores a -18 °C, e o resfriado, abaixo de 0 °C.

Na embalagem devem constar as seguintes informações: peso líquido, identificação do país de origem e do produtor, lote, registro no órgão de fiscalização competente, indicação de temperatura para conservação, data de acondicionamento e prazo de validade, além do carimbo do Serviço de Inspeção Federal. Em São Paulo, este carimbo pode ser substituído pelo do Serviço de Inspeção de São Paulo ou Serviço de Inspeção Municipal.

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