O piloto paulistano fez apenas um treino, teve motor sem rendimento na classificação, não largou na primeira prova e levou uma batida na traseira do Peugeot 208 #17 que encerrou mais cedo a segunda corrida do fim de semana

Resiliência é um atributo essencial a pilotos que Victor Manzini começou a construir quando se iniciou no kart, aos 10 anos de idade. Aos 17, em sua segunda temporada na Turismo Nacional (TN) com o Peugeot 208 #17 da Equipe Roberto Manzini Centro Pilotagem (RMCP) na categoria B, usou essa capacidade de resistência às adversidades em larga escala na primeira etapa do Campeonato Sprint, disputada de 2 a 4 de maio no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Como todos os times da TN, a Equipe Manzini enfrentou um tumultuado fim de semana, decorrente de dificuldades para a plena performance dos novos carros da categoria, por conta de fatores como a greve da Receita Federal atrasando a entrega de componentes importados do kit Audace e inviabilizando qualquer tipo de treino antes da etapa inicial.

Na prática, Victor fez um treino livre na sexta-feira, 2. Disputou a tomada de tempos com problemas de motor. Iria largar da 28ª posição entre 36 carros na primeira corrida, mas uma checagem no freio, com o carro já alinhado no grid, fez com que desistisse, e o #17 voltasse para os boxes.

De lá largou na segunda corrida. Foi preciso acertar a calibragem de pneus, porque o carro estava escapando muito de traseira na volta para alinhar no grid. A prova acabou para ele na oitava de 12 voltas, quando vinha na 32ª posição, seu Peugeot 208 #17 foi atingido na traseira por outro competidor, e o para-choque ficou pendurado. Terminou em 27º na classificação geral e em 16º lugar na categoria B.

“Foi um fim de semana daqueles para esquecer. Mas, para nós, foi para treinar paciência, conhecer o novo carro e começar a lidar com ele para desenvolver bons acertos”, diz o piloto patrocinado por Autlog, Roberto Manzini Blindagens, Protecta, Argus Vidros e Blindados, e  Personal Fruti.

“Apesar dessa dificuldade inicial da categoria com os novos carros, e da minha dificuldade em particular nesta etapa, continuo com expectativa otimista para este ano. Foi lindo ver o grid completamente lotado, com 36 carros e 42 pilotos muito bons, de equipes muito boas, e ver nossas corridas transmitidas na televisão pelo canal BandSports. Mantenho minha aposta de que vamos ter uma temporada muito competitiva para todos e muito produtiva para nossa equipe”, ele completa.

Outros carros – A Equipe Manzini também correu na categoria A com o Peugeot 208 #1 de André Bragantini Jr., que igualmente teve problemas de motor na classificação, não largou na primeira corrida, com o semi-eixo do carro quebrado, e acabou a segunda prova em 21º lugar na classificação geral (10º lugar na A).

Na categoria B, os três carros da Manzini – conduzidos por estreantes que disputam também a categoria Rookie – tiveram performances consistentes. Com o Peugeot 208 #177, Caio Cunha e Domenico Largura terminaram, respectivamente, a primeira prova em 14º lugar na geral (6º na B e 5º na Rookie), e a segunda em 17º na geral (10º na B e 8º na Rookie).

Com o Peugeot 208 #23, Pietro Nalesso, o mais jovem do grid da TN, com 15 anos, concluiu a primeira corrida na 21ª posição (10º lugar na B e 7º na Rookie) e a segunda em 25º (13º na B e 10º na Rookie).

Douglas Mattos, primeiro piloto do mundo com paralisia cerebral em carro não adaptado, estreou sua carteira de Piloto Graduado B – após um ano de preparação na Driver’s Academy da escola RMCP – com o New Onix #71 em 27º lugar na geral (13º na B e 9º na Rookie). Na segunda corrida, o #71 foi pilotado por Felipe Martins, manager de Douglas, que abandonou a pista ao bater na curva do Esse do Senna na terceira volta.

“Vamos evoluir” – Mestre da resiliência que Victor desenvolveu desde cedo, Roberto Manzini,  chefe de equipe e pai do piloto, faz um balanço equilibrado da primeira etapa da TN para seu time: “Trabalhamos muito, como todas as equipes. Nossos pilotos foram bem para estreantes em uma situação tão adversa como foi essa primeira etapa com o novo carro. Isso nos deixou contentes. Faltou sorte para o Victor e o Bragantini. Agora temos três semanas para eliminar os problemas dos carros deles e ir para a segunda etapa mais competitivos. Nós vamos evoluir”.

No Paraná – A Turismo Nacional voltará à pista no veloz circuito do Autódromo Zilmar Beux, em Cascavel, em etapa conjunta com a Stock Car e a Stock Light, de 23 a 25 de maio.

 

Fonte: EC PRESS | Estela Craveiro

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