Não é o troféu da vitória, mas a premiação de melhor volta da etapa para Enzo Elias mostra que, apesar dos pesares, a Scuderia Bandeiras está no caminho certo.
O domingo não foi tão bom quanto o sábado em termos de evolução e resultados, mas o saldo que a Scuderia Bandeiras tirou da etapa de Cascavel da Stock Car Pro Series é de que ela está no caminho certo no que tange o desenvolvimento dos SUV, que enfrentaram pela primeira vez o formato padrão de um fim de semana de campeonato.
Prova disso foi a confirmação da melhor volta da etapa para Enzo Elias, assinalada na primeira prova, que rendeu ao time do interior paulista seu primeiro troféu. Não é o troféu da vitória, mas é uma grande conquista, levando em conta as dificuldades apresentadas durante todos os dias de atividades na pista.
“A nota final do fim de semana para a gente foi 6,5, pois ainda tem muita coisa para melhorar”, analisa o diretor técnico da equipe, Sergio Troy: “Por um lado, tivemos uma evolução notável, levamos o troféu de melhor volta com o Enzo e conseguimos também solucionar os problemas do carro do Átila. Por outro, uma serie de pequenos episódios, como punições e perdas de rendimento nos privou de ter um desempenho melhor ainda em termos de resultados. Mas o importante é: sabemos que temos condição de brigar entre os melhores.”
Dono da melhor volta da etapa, Enzo Elias só não conseguiu repetir o bom desempenho do sábado, onde foi o maior escalador, pois alguns concorrentes resolveram dificultar a vida dele um pouco. “Os caras me bateram muito no começo. Estava muito mais rápido, mas não me deixavam passar a ponto de danificarem meu carro. Foi o que deu para fazer”, resume o piloto do Chevrolet Tracker #73.
Largando da 15ª posição, Nelson Piquet vinha escalando o pelotão quando, subitamente, perdeu performance. Seu resultado final acabou sendo o mesmo 15º posto do início, o que contrastou com o excelente P4 obtido na corrida curta do sábado. “Tem algo fora da janela. O carro perdeu rendimento, não temos ideia do que é e precisamos analisar o que aconteceu”. Seu parceiro de Mitsubishi Eclipse Cross, Vicente Orige, também enfrentou dificuldades, chegando em 20º: “Acabamos que tivemos um pequeno furo no pneu e a pressão começou a baixar, nos tirando rendimento, aí não teve o que fazer.”
Acumulando as funções de piloto e dono da equipe, Átila Abreu se mostrou feliz pelo resultado do time, mas decepcionado com os diversos problemas apresentados no seu Pantera Negra, oriundos da falta de tempo hábil para desenvolvimento dos carros por parte dos promotores do campeonato. “Fico feliz por um lado e muito triste pelo outro. Feliz pelo carro ter acendido, o pessoal trabalhou muito, trocou motor, câmbio, viramos a noite aí tentando arrumar o carro e hoje era bem mais competitivo. Larguei em 26º, já estava ali em 11º e provavelmente brigaria pra chegar nessa posição mas a categoria ainda sofre muito com problemas. Talvez ela não estivesse preparada pra lançar o carro, muitos estão tendo falhas e, no meu caso, o motor quebrou e me deixou na mão”, lamenta o piloto do Chevrolet Tracker #51.
“Óbvio, não aconteceu só comigo, tem acontecido com outras equipes também e isso é ruim porque tira um pouco da disputa e cai muito nesse quesito sorte. Mas vamos lá, temos que trabalhar, tirar os pontos positivos daqui para chegar no Velopark um pouco mais fortes. A equipe acho que toda mostrou uma evolução, a gente chegou bem mais preparados e estruturados pra essa etapa e tenho certeza que no na próxima etapa vamos nos sair bem melhor”, resume Átila.
Agora, a Stock Car Pro Series terá um curto intervalo de duas semanas para a terceira etapa da temporada 2025, marcada para acontecer nos dias 4 e 5 de junho no já citado autódromo gaúcho do Velopark.
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Fonte: BV Press
