ONG Ficar de Bem atua nas ruas para proteger crianças e adolescentes no Grande ABC
O Brasil registrou pelo menos 4.286 denúncias de trabalho infantil em 2024. O número, registrado pela plataforma Disque 100 e divulgado pelo Painel da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, representa um aumento de 40,6% em relação a 2023, quando foram contabilizadas 3.047 denúncias. São aproximadamente 357 casos por mês, uma estatística que evidencia a urgência de políticas públicas mais eficazes e ações integradas de enfrentamento.
Nesta quinta-feira, 12 de junho, o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil chama atenção para a persistência desse tipo de violação em todo país, que priva milhares de crianças e adolescentes do direito à infância, à educação e ao desenvolvimento saudável, longe do trabalho diário.
Em meio a esse cenário, iniciativas como a da ONG Ficar de Bem ganham destaque. A instituição atua com o Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), nas cidades de Santo André e São Bernardo do Campo, no Grande ABC, em parceria com as Prefeituras dos municípios. O trabalho é feito diretamente nas ruas, praças, estradas, feiras, mercados, lixões, praias e outros espaços públicos onde há grande circulação de pessoas e indícios de exploração infantil e demais violações.
“O trabalho infantil não apenas compromete o presente das crianças, mas condena, sem dúvidas, todo o futuro. É preciso quebrar o ciclo da vulnerabilidade com acolhimento, informação e proteção”, comenta Lígia Vezzaro, gerente técnica institucional da ONG Ficar de Bem.
O SEAS identifica crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social, orienta as famílias, realiza encaminhamentos para a rede de proteção social e promove ações de conscientização sobre os perigos do do trabalho precoce, muitas vezes naturalizado em contextos de vulnerabilidade.
“Essa crescente nos números de denúncias pode indicar, por um lado, uma maior conscientização da população e confiança nos canais de denúncia, mas também reflete a ampliação da presença do trabalho infantil em diversos territórios, exigindo respostas coordenadas não só do poder público, mas também da sociedade como um todo”, conclui Lígia.
Para saber como ajudar o projeto, acesse: https://ficardebem.org.br/seas/.
Sobre Ficar de Bem A ONG Ficar de Bem é uma organização não governamental, sem fins lucrativos e sem vínculos políticos ou religiosos, que há 36 anos defende os direitos e oferece apoio integral a crianças, adolescentes e suas famílias, além de idosos, mulheres e pessoas em situação de rua, vítimas de violência física, psicológica, sexual e negligência. Fundada em 1988 como CRAMI – Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância do ABCD – pelo pediatra Emílio Jaldin Calderon, a instituição atualmente é presidida pelo empresário Evenson Robles Dotto e conta com núcleos de atuação em Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema. Com 18 serviços voltados para prevenção, acolhimento e suporte social, além de coordenar o Bom Prato na região do ABC, a ONG mantém parcerias com o poder público – Prefeitura de Santo André, de São Bernardo e Diadema – que possibilitam a ampliação e sistematização do atendimento, rompendo ciclos de violência e promovendo relações de cuidado e respeito. Reconhecida por sua transparência e eficiência, a Ficar de Bem possui certificações e prêmios e é declarada Utilidade Pública em níveis municipal, estadual e federal, atuando conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), reafirmando seu compromisso com uma sociedade justa e igualitária. Além disso, a instituição está pelo terceiro ano consecutivo na lista das 100 melhores ONGs do Brasil. |
Fonte: Maxima SP