Rally cross-country de velocidade terá última etapa, com Estágio em Motorsports, na final, em novembro, no Velocitta

A rodada dupla da Mitsubishi Cup, com a quinta e a sexta etapa realizadas em uma fazenda em São João da Boa Vista (SP), foi repleta de desafios. A primeira prova, na sexta-feira, 25, teve apenas duas das três voltas programadas realizadas, por conta da lama decorrente da forte chuva que caiu no interior paulista desde a noite anterior. Já a sexta etapa foi disputada sob calor intenso e umidade relativa do ar bem alta no sábado, 26.

Na primeira prova, vários carros atolaram no barro, inclusive o Eclipse Cross R #61 do time do FIA Girls on Track Brasil na equipe Spinelli Racing, na primeira volta. No sábado, com o piso secando ao longo da manhã, conforme a temperatura foi aumentando, a segunda prova começou bem, mas, na terceira volta, a junta homocinética do carro quebrou.

“A prova de sexta-feira foi desafiadora. Correr em terreno liso e na chuva foi novidade para mim”, relata a pilota Pâmela Bozzano.”No sábado, tivemos um problema mecânico na segunda volta e uma quebra na terceira. Mas estou feliz com a minha evolução pilotando o Eclipse Cross R. Tenho melhorado a cada etapa.”

Em sua primeira vez no time do FIA Girls on Track Brasil e na Mit Cup, o navegador Enio Bozzano apreciou a experiência no formato desse rally cross-country de velocidade, em que cada prova é composta por três voltas no mesmo circuito. “Você vai tirando informações para melhorar na próxima volta, e vai aumentando o ritmo, porque já sabe onde são os perigos. Todos vão ficando cada vez mais competitivos. Gostei bastante”, ele comenta.

Variedade – Para a mecânica Ana Cristina da Silva e para a estudante de engenharia Gabryelle Ramada, as duas etapas foram maravilhosas do ponto de vista de aprendizado. “Tivemos bastante trabalho na sexta-feira, resolvemos alguns probleminhas que surgiram no carro, ajudamos um pouco a equipe em coisas para resolver em outro carro. Foi divertido trabalhar na chuva. O sábado foi mais tranquilo. A cada etapa a gente se aprimora mais. Desta vez, por exemplo, descobri como identificar se há problema em um atuador de embreagem e o que isso causa no carro. Como sempre, deu para aprender bastante”, avalia Ana Cristina.

Gabryelle também gostou da variedade de experiências. “A primeira prova foi realmente um rally com lama. Foi minha primeira vez com chuva forte e frequente. A situação da pista muda e a engenharia e a mecânica também. Principalmente na calibragem dos pneus, que achei incrível. Foi legal fazer checklist  do carro em 30 minutos entre as duas voltas da sexta-feira. Pura adrenalina! No sábado também. O carro teve alguns problemas entre as três voltas, e a gente teve que resolver tudo nos 40 minutos que temos para isso. Aprendi muito!”, descreve a estudante da UNESP (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) de Ilha Solteira, integrante da Equipe Fênix Racing na competição estudantil Fórmula SAE.

“A cada prova, nosso time vai aprendendo mais sobre o mundo do rally. É este o nosso propósito, proporcionar experiências que ajudem a ampliar a presença feminina em todos os tipos de competição e nas diversas funções de trabalho no automobilismo. Agora, nosso foco vai para a Experiência para Estudantes na Fórmula 1 no GP de São Paulo, na próxima quinta-feira, e para a final da Mit Cup, em novembro, no Velocitta, em que também teremos o último Estágio em Motorsports desta temporada, com estudantes de engenharia”, conclui Bia Figueiredo, presidente da CFA (Comissão Feminina de Automobilismo).

A CFA é uma criação de Giovanni Guerra, presidente da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), responsável pela introdução no Brasil do programa FIA Girls on Track. Para ambos os desafios, Giovanni nomeou Bia Figueiredo para presidir a Comissão e representar a CBA na FIA (Federação Internacional de Automobilismo) nas mesmas pastas.

A participação do FIA Girls on Track Brasil na Mit Cup tem o apoio da Mitsubishi e da Spinelli Racing.

O campeonato é supervisionado pela CBA, por intermédio do presidente da CNR (Comissão Nacional de Rally), Haroldo Scipião.

 

Fonte: EC PRESS | Estela Craveiro

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