O ex-presidente Lula (PT) voltou a se manifestar, nesta quarta-feira (26), sobre a possível aliança com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin nas eleições de 2022.
Lula, que lidera todas as últimas pesquisas de intenções de voto, ainda não definiu seu vice e vê uma eventual união com Alckmin como um passo para compor uma frente ampla contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Que dê certo essa conversa. Espero que Alckmin escolha o partido político adequado que faça aliança com o PT. Espero que o PT compreenda a necessidade de fazer aliança”, declarou Lula em entrevista à rádio CBN Vale, de São José dos Campos (SP).
O tucano e o petista ensaiam uma aliança desde o fim do ano passado. Alckmin, que governou São Paulo por quatro mandatos, deixou o PSDB após 33 anos no dia 15 de dezembro.
Os dois participaram de um jantar organizado pelo grupo de advogados Prerrogativas no dia 19 daquele mês, na primeira aparição pública juntos.
Na entrevista, Lula também foi perguntando sobre a possibilidade de uma participação da ex-presidente Dilma Rousseff em seu governo, caso ele vença as eleições.
Segundo o ex-presidente, Rousseff “é uma pessoa inatacável tecnicamente” e possui uma “competência extraordinária”.
“Onde que a companheira Dilma, na minha opinião, erra? É na política. Ela não tem a paciência que a política exige que a gente tenha para conversar. Para ouvir as pessoas dizerem ‘não’. Para atender as pessoas, mesmo quando você não gosta do que a pessoa está falando. Você não pode ficar agressivo, precisa atender. Eu sou daqueles políticos que, quando um cara conta uma piada que eu já sei, eu não vou dizer para o cara ‘eu já sei essa’. Conta outra vez. Se for necessário rir, eu vou rir”, disse.