O presidente Jair Bolsonaro (PL) não compareceu à sede da Superintendência da Polícia Federal nesta sexta-feira (28), em Brasília, para prestar depoimento. O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes havia intimado o presidente para depor no inquérito que apura o vazamento de investigação sigilosa da PF sobre ataque hacker às urnas eletrônicas, mas a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu da decisão. O ministro rejeitou prontamente o pedido do presidente para não comparecer à PF.

No pedido encaminhado a  Alexandre de Moraes, a AGU argumenta que “ao agente político é garantida a escolha constitucional e convencional de não comparecimento em depoimento em seara investigativa”. Ao negar o agravo, às 14h33 desta sexta, o ministro determinou que fosse mantida a intimação de Bolsonaro e a necessidade de seu depoimento. O magistrado, contudo, não especificou qual será a nova data e hora da inquirição, segundo jornal o Estado de SP.

A decisão de Bolsonaro de não comparecer à PF cumpre a promessa feita por ele a milhares de apoiadores durante as manifestações antidemocráticas de 7 de setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo, quando disse que não acataria decisões judiciais proferidas por Moraes. Na ocasião, o presidente chamou o ministro de “canalha” e pediu para ele “sair” da Suprema Corte.

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