Livre adaptação de “A sagração da primavera”, obra-prima de Igor Stravinsky, espetáculo promove encontro entre dança contemporânea e música clássica no palco da Sala, de 27/fev a 1º/mar; ingressos começam a ser vendidos no dia 20/jan.

Entre os dias 27 de fevereiro e 1º de março, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo — Osesp e a Companhia de Dança Deborah Colker se unem para apresentar o espetáculo Sagração, marcando a pré-abertura da Temporada Osesp 2025. O encontro da dança e da música clássica no palco da Sala São Paulo já se tornou uma tradição e, neste ano, contará com a participação inédita da prestigiada companhia de dança carioca. A regência será do maestro Claudio Cruz, ex-spalla da Osesp e atual Regente Titular da Orquestra Jovem do Estado — Ojesp. A venda de ingressos terá início ao meio-dia da próxima segunda-feira (20/jan), neste link.

Sobre o programa

Sagração, dirigido por Deborah Colker, é inspirado em A sagração da primavera, obra-prima do russo Igor Stravinsky que ganhou projeção mundial pela montagem estreada em Paris em 1913, com coreografia de Vaslav Nijinsky e produção de Sergei Diaghilev para o Ballets Russes. Um marco na história da música, a partitura de Stravinsky introduz estruturas rítmicas e harmônicas nunca antes utilizadas.

Nesta adaptação, a obra de Stravinsky é colocada em diálogo com um Brasil ancestral de florestas, danças e sons de nossos povos originários. Colker, em parceria com o diretor musical Alexandre Elias, introduziu à partitura instrumental do compositor russo a sonoridade pujante das matas e ritmos brasileiros, como boi bumbá, coco, afoxé e samba.

Aos acordes de instrumentos de orquestra, o diretor musical adicionou flauta de madeira, maracá, caxixi e tambores. Os paus de chuva também entram em cena no arranjo executado ao vivo pelos bailarinos. Para dar vida às narrativas e trajetórias do espetáculo, o cenógrafo Gringo Cardia incorpora 170 bambus de 4 metros de altura ao palco, simbolizando resistência e flexibilidade.

“Quando decidi recontar este clássico, quis trazer para o primitivo do Brasil, com os povos originários, nossa floresta e sonoridade. Alguns mitos de criação me ajudaram a dançar o caminho evolutivo humano, bordando cosmovisões como a indígena, a judaico-cristã e a teoria darwinista. Com A Sagração da Primavera, Stravinsky rompe e provoca a dança e a música, e inaugura novos caminhos para as duas. Sempre sonhei em dançar com orquestra. A música e a dança, juntas ao vivo, sendo experimentadas e concebidas ao mesmo tempo, para mim é um estado de graça! Ainda mais com a Osesp, esse primor de orquestra, uma honra!”, completa a coreógrafa Deborah Colker, que também é pianista.

“Após colaborações memoráveis da Osesp com a São Paulo Companhia de Dança e o Grupo Corpo, é uma honra recebermos a Cia. de Dança Deborah Colker no palco da Sala São Paulo pela primeira vez. A sagração da primavera, de Stravinsky, é uma obra incontornável para orquestras com a capacidade expressiva da Osesp. Mais de um século após sua estreia em Paris, ela mantém uma força arrebatadora e uma vitalidade que surpreende. Agora, apresentá-la nesta releitura de Alexandre Elias, com a energia e o talento dos bailarinos da companhia, será uma celebração única entre a tradição europeia e a riqueza da cultura brasileira”, afirma Marcelo Lopes, Diretor Executivo da Fundação Osesp. Em novembro deste ano, a Orquestra tocará a versão original da composição de Stravinsky, em três concertos sob a regência do maestro francês Pierre Bleuse.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo — Osesp
Desde seu primeiro concerto, em 1954, a Osesp tornou-se parte indissociável da cultura paulista e brasileira, promovendo transformações culturais e sociais profundas. A cada ano, a Osesp realiza em média 130 concertos para cerca de 150 mil pessoas. Thierry Fischer tornou-se diretor musical e regente titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Além da Orquestra, há um coro profissional, grupos de câmara, uma editora de partituras e uma vibrante plataforma educacional. Possui quase 100 álbuns gravados (cerca de metade deles por seu próprio selo, com distribuição gratuita) e transmite ao vivo mais de 60 concertos por ano, além de conteúdos especiais sobre a música de concerto. A Osesp já realizou turnês em diversos estados do Brasil e também pela América Latina, Estados Unidos, Europa e China, apresentando-se em alguns dos mais importantes festivais da música clássica, como o BBC Proms, e em salas de concerto como o Concertgebouw de Amsterdam, a Philharmonie de Berlim e o Carnegie Hall. Mantém, desde 2008, o projeto “Osesp Itinerante”, promovendo concertos, oficinas e cursos de apreciação musical pelo interior do estado de São Paulo. É administrada pela Fundação Osesp desde 2005.

Companhia de Dança Deborah Colker
Criada em 1994, a Companhia de Dança Deborah Colker celebra em 2024 seus 30 anos de atividades. Com catorze espetáculos em seu repertório, a companhia se mantém como uma das mais premiadas e prestigiadas no Brasil e no mundo, tendo recebido em 2018 o Prix Benois de la Danse de Moscou, o mais importante prêmio da categoria. Recebeu ainda um Laurence Olivier em 2001, célebre prêmio inglês, concedido pela The Society of London Theatre, pelo espetáculo Mix. Em 2009, Deborah Colker foi convidada pelo Cirque du Soleil para criar um novo espetáculo da companhia canadense, Ovo, sendo a primeira mulher a criar e dirigir um espetáculo para o Cirque. Em 2016, ela foi a diretora de movimento da cerimônia de abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro, evento transmitido para mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo. Ao longo destes anos, a Companhia já realizou mais de 2.000 apresentações, em cerca de 75 cidades e em 32 países, atingindo um público de mais de 3,5 milhões de pessoas.

Claudio Cruz regente
Claudio Cruz é o Regente Titular e Diretor Musical da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo e recentemente foi também Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Tem atuado como regente convidado de orquestras como a Sinfonia Varsovia, New Japan Philharmonic, Sinfônicas de Hiroshima, de Avignon e de Jerusalém, Svogtland Philharmonie (Alemanha), Orquestras de Câmara de Osaka e de Toulouse e Filarmônica de Montevideo. No Brasil, regeu a Osesp, Filarmônica de Minas Gerais, as Sinfônicas Municipal de São Paulo, do Paraná, Brasileira, de Porto Alegre e do Teatro Nacional Cláudio Santoro, entre outras. Foi Diretor Artístico do Núcleo de Música Erudita da Oficina de Música de Curitiba de 2015 a 2017, regente e diretor artístico da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e da Orquestra de Câmara Villa-lobos. Com essas orquestras, gravou CDs com obras de Carlos Gomes, Beethoven, Mozart, Tom Jobim e Edino Krieger. Atuou como Diretor Artístico e Regente nas montagens das óperas O rapto do serralho, Sonhos de uma noite de verão, Don Giovanni, Rigoletto, La Bohème entre outras. Claudio Cruz foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), Prêmio Carlos Gomes, Prêmio Bravo, Grammy Awards entre outros. Entre 1990 e 2014 ocupou o cargo de spalla da Osesp.

A Companhia Deborah Colker é apresentada pelo Instituto Cultural Vale, pela Petrobras e pelo Ministério da Cultura.

O espetáculo Sagração com Osesp e Companhia Deborah Colker conta com o patrocínio de HDI Seguros, com o copatrocínio de Google e com o apoio de BR Partners, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.


PROGRAMA

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — OSESP
COMPANHIA DE DANÇA DEBORAH COLKER
CLAUDIO CRUZ
regente
Sagração
Temas de A sagração da primavera, de Igor Stravinsky

FICHA TÉCNICA

SAGRAÇÃO

Criação, Direção e Dramaturgia: Deborah Colker
Direção Executiva: João Elias
Direção Musical: Alexandre Elias
Direção De Arte: Gringo Cardia
Dramaturgia: Nilton Bonder
Figurinos: Claudia Kopke
Desenho de Luz: Beto Bruel
Fotografia: Flávio Colker

SERVIÇO

27 de fevereiro, quinta-feira, 20h00
28 de fevereiro, sexta-feira, 20h00
01 de março, sábado, 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: R$ 42,00 a R$ 295,00 (valores inteiros)
Bilheteria (INTI): neste link | (11) 3777-9721 (de segunda a sexta, das 12h às 18h)
Estacionamento: R$ 39,00 (noturno e sábado à tarde) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

 

Fonte: Fundação Osesp 

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