Após se aliar definitivamente ao centrão com sua filiação ao Partido Liberal (PL), o presidente, Jair Bolsonaro, agora recebe a forte influência de membros do grupo para conduzir sua campanha de reeleição.
Até agora, Bolsonaro ainda não divulgou quem será seu vice. Entre uma palavra ou outra, já até declarou que poderia ser novamente o general Hamilton Mourão, mas esse não é o caminho que mais se aponta dentro de seu contexto político.
O centrão, então, estaria pressionando o presidente a ter a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, como sua vice, de acordo com o UOL. Hoje a ministra se encontra no partido DEM, mas, segundo a mídia, está prestes a se filiar ao Progressistas, sigla do chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
O machismo é uma das barreiras de Bolsonaro diante do eleitorado feminino. Desde que entrou para vida política, o presidente já deu diversas declarações consideradas preconceituosas e misóginas. O centrão, com a escolha de Tereza Cristina, tentaria trazer esse público mais próximo do presidente.
Outro eleitorado que poderia vir com a ministra é o setor do agronegócio, que em 2018 apoiava totalmente o presidente, e agora se encontra dividido em relação ao seu mandato.
Segundo a mídia, Bolsonaro confia em Tereza Cristina, mas prefere fazer dobradinha com o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, com quem se sente mais à vontade e com quem acredita ter menores chances de pedidos de impeachment prosperarem.
Tal fato foi ventilado no final de janeiro, quando integrantes do governo disseram que Braga Netto se entusiasmou e que estaria “pronto para o chamado do presidente”, se articulado para se cacifar como vice, conforme noticiado.
Já Tereza Cristina, em público, tem dito que prefere concorrer ao Senado. “A ministra já declarou que será pré-candidata ao Senado por seu Estado [MS] e deverá se desincompatibilizar até início de abril, conforme prazo regulamentar”, afirmou, por meio de nota, sua assessoria.