Os militares do primeiro escalão no Palácio do Planalto perderam a influência sobre os rumos do governo e estão à margem das principais decisões para a campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, noticiou o jornal O Estado de S.Paulo, nesta sexta-feira (18).
A menos de oito meses do pleito, políticos do centrão ganharam espaço sobre o grupo, hoje formado apenas por Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria Geral da Presidência), segundo a mídia.
O jornal aponta que os generais de Exército ainda possuem prestígio junto ao presidente, mas não participam mais do núcleo duro do comitê bolsonarista.
Os homens fortes agora são os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Fabio Faria (Comunicações), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Dos generais próximos ao presidente, Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e hoje no comando da pasta da Defesa, segue com influência no governo, chegando a ser cotado para assumir uma eventual candidatura a vice na chapa de Bolsonaro.
Porém, ainda há tempo de os militares recuperarem espaço no governo até as eleições. Segundo a publicação, a próxima reforma ministerial deverá alterar a configuração da equipe de Bolsonaro.
O jornal indica que ao todo seriam 11 trocas. A preferência seria dada a secretários executivos que já compõem o segundo escalão para servirem como “ministros-tampão”. Por serem amigos do presidente, Heleno e Ramos devem permanecer e podem readquirir poderes.
Atualmente, eles ocupam cargos mais ligados à rotina administrativa do Palácio e do presidente.
Heleno comanda o setor de inteligência, a segurança presidencial, inclusive durante a campanha, e assessora Bolsonaro em assuntos de defesa e segurança nacional.
Ramos tem, além de funções administrativas, a secretaria de assuntos jurídicos, por onde passam projetos de lei e atos do presidente.
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