Com tecnologia que une rastreamento por GPS com bluetooth, a GHM prevê uma revolução no setor de saúde tanto na assertividade do controle de epidemias quanto do atendimento ao paciente
A pandemia do coronavírus foi o catalisador para a startup brasileira Global Health Monitor (GHM) desenvolver um aplicativo de rastreio do vírus utilizando a mesma tecnologia implementada pelo governo chinês e em mais 52 países. A tecnologia base é o digital contact tracing, hoje uma das principais ferramentas no controle de doenças contagiosas.
O aplicativo já foi um case de sucesso em 2021, em seu primeiro ano de implementação, quando contou com a parceria do time de infectologistas do Instituto Butantan e passou a monitorar a Covid-19 entre os mais de 3 mil funcionários da instituição e mais de 39 mil usuários em cidades-piloto. Agora, a empresa se prepara para escalar sua atuação com o monitoramento ativo de todos os tipos de doenças, transformando a solução em uma “Health Wallet” que poderá substituir até a conhecida “carteirinha de vacinas”.
A GHM já dispõe de uma base com mais de 2 milhões de exames de saúde incorporados, mais de 200 mil autoavaliações de usuários e cerca de 38 mil exposições ao coronavírus notificadas, resultando em 30% de assertividade na orientação dos assintomáticos testados. O aplicativo já está em 600 municípios do país, com 39 mil usuários, e teve atuação estratégica durante a pandemia em cidades paulistas como Araraquara, Santos, Serrana, Taquaritinga e Batatais.
“O rastreamento de dados por contact tracing é determinante no controle de contágios massivos, ajudando gestores de saúde. O usuário também tem o benefício inédito, de ser notificado mesmo estando assintomático. Nos próximos passos, com o plano de ampliação do escopo, estamos incorporando um outro ganho: melhorar o processo de triagem e primeiro atendimento em toda a rede de saúde, com reflexo direto na qualidade do atendimento recebido pelo paciente”, explica Henrique Mendes, fundador da GHM.
Nessa nova fase, a empresa traz a competência de acompanhar o usuário em qualquer idade e de forma contínua, seja na infância, adolescência, fase adulta ou terceira idade, criando um histórico de saúde, desde o exame do pezinho até vacinas, infecções, check-ups e dados laboratoriais. “É uma centralização de dados estratégica e inédita, com grande valor tanto para quem consome os serviços de saúde quanto para quem os gerencia”, reforça Mendes.
Saúde monitorada
A criação da GHM foi guiada por um propósito que engloba conceitos de saúde, bem-estar, segurança e mobilidade urbana e com o desafio de unir os setores públicos e privados – envolvendo desde hospitais, laboratórios, postos de atendimento, escolas, empresas, entre outras instituições – como aliados nos controles e cuidados sanitários e de saúde.
“A integração entre as áreas de saúde, telecomunicações, geoprocessamento e data science criada pela GHM permite monitorar qualquer doença. Nós acreditamos que um futuro saudável para a humanidade está no monitoramento adequado de surtos e enfermidades e o app torna este controle possível e ainda com a garantia da mobilidade urbana em segurança para que todos estejam bem”, conta Adam San Barão, CTO da startup.
O aplicativo está dentro dos parâmetros de segurança da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGDP), o que garante a privacidade do usuário. “Inicialmente escolhemos o GPS, devido ao volume de processamento de informações, e depois implantamos a tecnologia bluetooth para melhorar a captura de dados em ambientes fechados, os black spots. Apenas 16% dos apps em todo o mundo utilizam as duas tecnologias”, explica o CTO.
Para fazer o download do GHM, basta acessar as lojas online da Apple ou do Google no smartphone.