Os profissionais da rede de saúde de Santo André participaram, nesta quarta-feira (22), de capacitações sobre a varíola dos macacos, doença rara causada pelo vírus monkeypox. As atividades foram disponibilizadas para todos os gestores da Secretaria Municipal de Saúde. A rede privada também recebeu materiais dos processos operacionais do Departamento de Vigilância à Saúde.
No momento, o Brasil registra 11 casos confirmados da doença, sendo sete no estado de São Paulo, dois no Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul. Nesta quarta-feira (22) foi confirmado o primeiro caso da varíola dos macacos em Santo André. Trata-se de um morador de 36 anos que esteve na Europa e apresentou os sintomas após o retorno.
O atendimento foi realizado em um hospital privado de São Paulo e o teste realizado foi positivo para doença. O munícipe permanece em isolamento domiciliar, bem de saúde e com quadro estável. A Secretaria de Saúde, por meio do Departamento de Vigilância à Saúde, segue monitorando o caso.
“Santo André está preparada para atender a nossa gente. Com planejamento e infraestrutura, nossas equipes técnicas estão passando por capacitação para lidar com esta nova doença e agir com eficiência no diagnóstico e na condução do tratamento”, destacou o prefeito Paulo Serra.
Durante a capacitação foram apresentadas as principais características da doença, aspectos clínicos com sinais e sintomas, meios de transmissão e medidas de prevenção, histórico da doença no mundo, definição de caso e o que fazer após um caso suspeito, notificação, além da apresentação do fluxograma assistencial.
“Temos orientado a rede pública e privada sobre a identificação oportuna dos casos suspeitos de varíola símia, de acordo com os documentos técnicos do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde, antes mesmo da confirmação do primeiro caso da doença no Brasil. Hoje realizamos atualização dos informes técnicos e ratificamos os fluxos de notificação imediata dos casos suspeitos e protocolo de atenção assistencial para toda a rede públcia de saúde”, explica a diretora do Departamento de Vigilância à Saúde, Andréia de Conto Garbin.
Os treinamentos foram conduzidos pelos departamentos de Vigilância à Saúde, Gestão Estratégica e Atenção à Saúde. “Fizemos a capacitação da nossa rede para a condução e diagnóstico dos casos suspeitos e confirmados para a monkeypox, por precaução caso ocorra o aumento do número de casos”, pontua a biomédica Luciane Suzano Pereira Cunha.
Sintomas – Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão. A erupção geralmente se desenvolve pelo rosto e depois se espalha para outras partes do corpo.
A erupção cutânea passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai. Quando a crosta desaparece, o paciente deixa de infectar outras pessoas. A diferença na aparência com a varicela ou com a sífilis é a evolução uniforme das lesões.
Transmissão – Entre humanos, a transmissão ocorre principalmente por fluidos corporais, gotículas ou materiais contaminados. Pessoas que apresentarem os sintomas devem procurar a unidade saúde ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima.