Por sete votos a três, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a indicação de Caio Paes de Andrade para a presidência da empresa, nesta segunda-feira (27).
Andrade também foi eleito para compor o próprio Conselho de Administração da estatal, por oito votos a dois nesse quesito.
Caio Paes substituirá José Mauro Coelho no cargo e será o quarto presidente da companhia no governo de Jair Bolsonaro (PL). A previsão é que Paes de Andrade assuma o posto nos próximos dias, de acordo com o portal G1.
Seu nome ainda precisa ser ratificado em uma assembleia de acionistas da Petrobras, o que deve ocorrer em até 30 dias, mas o procedimento não impede que os aprovados pelo conselho assumam a empresa. Além disso, o governo tem maioria na assembleia.
Caio Paes de Andrade tem formação em comunicação social pela Universidade Paulista (Unip), pós-graduação em administração e gestão pela Universidade de Harvard, e é mestre em administração de empresas pela Universidade Duke, nos Estados Unidos.
Seu nome chegou a ser cogitado para comandar a estatal quando o general Joaquim Silva e Luna foi demitido, em abril. No entanto, na ocasião, o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, preferiu apostar no economista Adriano Pires, alegando que o secretário não tinha experiência na área. Dias depois, porém, Pires desistiu de assumir o cargo.
O escolhido, então, foi José Mauro Coelho, que deixou a companhia na semana passada, pouco mais de dois meses depois de ser aprovado para o posto, em 14 de abril.
Antes de Coelho, a estatal foi presidida por Silva e Luna, que tomou posse em abril de 2021 e permaneceu no posto até março deste ano, e pelo economista Roberto Castello Branco, nomeado em janeiro de 2019 e demitido em fevereiro de 2021 por Bolsonaro.
As trocas ocorrem em meio à disparada nos preços dos combustíveis e à escalada da inflação no país. O presidente Jair Bolsonaro tem criticado os reajustes dos preços e pressionado os presidentes da companhia.
A Petrobras segue a política de preço de paridade internacional (PPI), adotada durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).