A taxa de desemprego do trimestre de março a maio de 2022 recuou para 9,8%, uma queda de 4,9 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano passado, que foi de 14,7%.
Esse é o menor nível para o trimestre encerrado em maio desde 2015, quando a taxa foi de 8,3%.
A redução foi de 1,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022, que registrou taxa de 11,2%.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (30). O levantamento é feito por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
Em números absolutos, a população desocupada no trimestre foi de 10,6 milhões de pessoas. São 1,4 milhão de pessoas a menos sem emprego frente ao trimestre anterior. Na comparação anual, a redução foi de 4,6 milhões.
Já o contingente de pessoas ocupadas, de 97,5 milhões, foi recorde na série histórica, iniciada em 2012. São 2,3 milhões e 9,4 milhões de pessoas a mais com emprego ante o trimestre anterior e o mesmo período do ano passado, respectivamente.

“Foi um crescimento expressivo e não isolado da população ocupada. Trata-se de um processo de recuperação das perdas que ocorreram em 2020, com gradativa recuperação ao longo de 2021. No início de 2022, houve uma certa estabilidade da população ocupada, que retoma agora sua expansão em diversas atividades econômicas”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

Ainda segundo o IBGE, a taxa de pessoas ocupadas em idade de trabalhar, chamada de nível da ocupação, foi estimada em 56,4%, uma alta de 1,2 ponto percentual frente ao trimestre anterior (55,2%) e de 5 pontos percentuais ante igual trimestre de 2021 (51,4%).
A taxa de subutilização, de 21,8%, também é a mais baixa para o trimestre desde 2016, quando foi de 20,5%. O valor é 1,7 ponto percentual menor que o verificado no trimestre de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022 (23,5%). A taxa calcula a parcela da população da força de trabalho potencial, inclusive os que informam que gostariam e poderiam trabalhar mais horas.
A quantidade de pessoas nesse segmento atualmente é de 25,4 milhões. No trimestre anterior e no mesmo período de 2021, o IBGE registrou 27,3 milhões e 33,3 milhões na população subutilizada, respectivamente.

“O contingente de trabalhadores com carteira vêm apresentando uma recuperação bem interessante, já recompondo o nível pré-pandemia. Principalmente no final de 2020 e primeiro semestre de 2021, a recuperação da ocupação estava majoritariamente no trabalho informal. A partir do segundo semestre de 2021, além da informalidade, passou a ocorrer também uma contribuição mais efetiva do emprego com carteira no processo de recuperação da ocupação”, afirmou Beringuy.

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