Um percurso técnico, uma nova regra e uma noite tensa para os cavaleiros. Na fase classificatória por equipes do Hipismo Saltos, nesta quinta-feira, dia 6, muitos cavalos refugaram e acabaram eliminando suas equipes, como aconteceu com a forte Irlanda. O cavalo Carlitos Way 6, de Rodrigo Pessoa, terceiro e último cavaleiro a entrar no picadeiro pelo Brasil, deu um susto no atleta, refugou mais de uma vez e derrubou dois obstáculos. A experiência de Pessoa, que está em sua sétima edição de Jogos Olímpicos, fez com que ele terminasse o percurso e garantisse a classificação do país para a final.
“O cavalo estava muito tenso. Ele ficou impressionado com os obstáculos. Essa nova regra da modalidade em Tóquio, mesmo sendo criticada por alguns, hoje nos ajudou. Além dos dois percursos espetaculares do Pedro e do Marlon, a eliminação dos times nos deixou uma margem”, analisou o cavaleiro que complementou. “Amanhã o jogo zera e vamos brigar por medalhas. A experiência nesse momento contou, pois consegui levar o cavalo até o final. Os cavalos são imprevisíveis e demos sorte. Para mim Tóquio acaba aqui. O meu cavalo não está em condições de ajudar a equipe. O Yuri [cavaleiro alternativo] deve entrar para brigar por medalha.”
Marlon Zanotelli foi o primeiro cavaleiro do Brasil a enfrentar o circuito. Ele fez um percurso limpo, sem erros e não perdeu pontos. Pedro Veniss derrubou um obstáculo e o excesso de tempo custou cinco pontos no total. Rodrigo Pessoa, o último da equipe perdeu um total de 20 pontos. A equipe ficou em oitavo lugar e vai disputar a final amanhã, dia 7, no Equestrian Park.
Nova Regra
Pela primeira vez na prova de saltos do hipismo em Jogos Olímpicos, as equipes contam com quatro cavaleiros, sendo três titulares e um reserva. Este último pode ser escalado ainda após o início da competição. No novo formato da disputa por equipes, não há descarte, ou seja, serão computados os três resultados. Anteriormente entravam quatro conjuntos e a cada rodada havia o descarte do pior resultado.