O presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu, nesta quarta-feira (20), com o irmão de Marcelo de Arruda, tesoureiro petista assassinado em Foz do Iguaçu (PR), na madrugada do dia 10 de julho, pelo policial penal bolsonarista Jorge José Guaranho, noticiou o jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a publicação, o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) participou do encontro e afirmou que o presidente pediu desculpas a José Arruda por ter divulgado informações falsas sobre o crime.
Segundo o parlamentar, a retratação ocorreu devido à afirmação de que as pessoas que chutaram Guaranho após a troca de tiros eram petistas.
“O presidente se retratou com ele e reconheceu que aquela fala foi uma fala sem a devida informação verdadeira”, disse Otoni de Paula.
O deputado disse ainda que ele próprio informou a Bolsonaro que a informação era equivocada.
“Eu disse a ele a verdade também e o José [Arruda] também falou, que aquele ato, o chute, depois, não foi um ato provocado por um petista, foi um ato de um amigo do Marcelo bolsonarista”, declarou.
Segundo Otoni de Paula, a reunião foi gravada e talvez seja divulgada por Bolsonaro. O parlamentar também disse que o chefe do Executivo demonstrou preocupação com o clima político no país.
“Ele disse que na verdade esse clima de violência não pode perdurar e não deve perdurar e que esse clima é um clima inaceitável”, afirmou, acrescentando que Bolsonaro prestou solidariedade à família e “foi taxativamente contra tudo o que aconteceu”.
Marcelo de Arruda era guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu (PR) e morreu após ser baleado em sua própria festa de aniversário de 50 anos.
Nesta quarta-feira (20), o policial penal federal Jorge Guaranho virou réu por homicídio duplamente qualificado, conforme noticiou o G1.
O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello acolheu a avaliação do Ministério Público de que Guaranho agiu por motivo fútil decorrente de “preferências político-partidárias antagônicas”.