“A candidatura da Simone Tebet não tem muito para onde crescer, primeiro por conta do nível de consolidação das candidaturas, que faz com que o percentual permaneça o mesmo, e segundo pela própria ausência de apoio do partido dela — isso conta muito, não é algo secundário”, afirmou a especialista.
“[É] uma geração que nasce na ditadura militar e, portanto, não tem uma trajetória de consciência política, formação política e engajamento. Então esses indecisos, essa mulher indecisa, geralmente estão em casa, alheios aos debates políticos, principalmente nestas eleições, em que os eleitores já tomaram partido muito cedo. Os eleitores se sentiram convocados a tomar partido cedo pela urgência do voto e pela forma como a política ganha uma centralidade no Brasil por conta das pautas que ela passa a envolver, desde o desmatamento até a morte de indígenas e indigenistas, até a violência urbana, que aumentou de uma maneira legitimada pelo governo, e também até a forma como foi tratada a pandemia [de COVID-19].”
“A gente pode entender que, a partir de sexta-feira [hoje, 26], com a propaganda eleitoral, a gente vai ver uma pequena queda de Bolsonaro e oscilações de Simone Tebet, ou seja, alterações que acabam por favorecer o Lula no fim das contas”, reforçou.