De acordo com OMS existem 70 milhões de pessoas com autismo no mundo.
Visando conscientizar a sociedade sobre o transtorno do Espectro Autista também conhecido com a sigla TEA, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu 2 de abril como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
“A data é de extrema importância para que a sociedade tenha maiores informações sobre o tema, orientando que não é uma doença e sim um transtorno do desenvolvimento. A propagação de conhecimento é uma das forma de combatermos o preconceito, que, infelizmente, afeta àqueles que possuem o transtorno”, explica a psicóloga especislista em autismo, Taislaine Monteiro.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) existem 70 milhões de pessoas com autismo no mundo. Já no Brasil, a estimativa é de que 2 milhões de pessoas possuam algum grau do transtorno.
“Os principais sinais do TEA é o atraso de fala, dificuldade em manter contato visual, alterações nas funções motoras, características de movimentos repetitivos, conhecidos como estereotipias, seletividade alimentar, sensibilidades aos sons e táteis, dificuldade de desempenhar habilidades funcionais de forma independente, entre outros que vai variar de pessoa para pessoa”, diz Taislaine, que também é neuropsicóloga.
Ainda de acordo com a especialista, a pessoa nasce com o transtorno e os primeiros sinais podem aparecer durante os 2 ou 3 anos de idade. Segundo ela, em alguns casos até antes, por essa razão é de fundamental importância a intervenção precoce, porém há ainda os casos em que o indivíduo descobre o transtorno já na vida adulta.
“Algumas pessoas vivem com autismo sem saber e passam a descobrir na vida adulta, isso se dá por conta de que essa pessoa não manifestava sinais moderados ou severos do transtorno e sim sinais leves que podem ter sido confundidos com outras características no decorrer da vida”, relata ela.
O tratamento deve ser composto por uma equipe multidisciplinar, como psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. Em alguns casos pode ser necessário o uso de medicamentos específicos.
Taislaine Monteiro
Psicóloga especialista no Transtorno do Espectro Autista e Análise do Comportamento Aplicada (ABA), pós-graduada em Neuropsicologia. Amante e grande entusiasta da leitura, também integra o “Clube do Livro”, de Mogi das Cruzes (SP).
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