Local onde nasceu a equipe finalista do paulistão recebe, hoje, 430 jovens e crianças que treinam em escola de futebol da Prefeitura

Eldorado, localizado no Parque Ecológico Fernando Vítor de Araújo Alves, vive uma situação inusitada. Ao mesmo tempo que preserva com orgulho lembranças dos tempos de várzea do Água Santa, atual queridinho do Campeonato Paulista, inspira uma nova geração a ajudar o município a permanecer entre os grandes da modalidade.
Local de nascimento do Água Santa no começo dos anos 1980, e onde o clube jogou durante anos, o espaço, hoje, recebe o programa Bola, Educação e Cidadania, da Prefeitura de Diadema. A iniciativa oferece a cerca de 3,7 mil crianças de 7 a 16 anos, inclusive 50 meninas, aulas gratuitas de futebol em 11 campos espalhados pelo município. Apenas no Campo do Eldorado, são 430 crianças aprendendo futebol.

Em comum, os alunos têm a admiração pelo desempenho do time de Diadema – que no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista ganhou por dois a um do Palmeiras – e o desejo de, como seus ídolos, alçar voos bem maiores.
Murilo Rafael, 12 anos, é um exemplo. Ele treina no Campo do Eldorado desde os cinco anos e sonha um dia jogar na agremiação como profissional. “O Água Santa começou no Eldorado e muitos jogadores foram revelados aqui”, afirmou. Zagueiro, Murilo é rápido em apontar o jogador preferido no time. “Gosto muito do Bruno Mezenga. Fiquei surpreso com o resultado do último domingo (2/4), achei que seria empate.”

Outra que ficou surpresa com o desempenho do time foi Paola Rodrigues de Oliveira, 12 anos e que começou a treinar na escola da Prefeitura de Diadema em 2023. Goleira, ela diz se inspirar nos jogadores do Água, principalmente no guarda-metas Ygor Vinhas. “A gente sabia que o Água Santa era uma equipe boa, mas pensei: vai ser difícil passar pelo Palmeiras. E eles foram lá e passaram!”
Sobre o resultado do segundo jogo da decisão? “Eu estou na expectativa de que o Mezenga faça mais dois gols”.

História Viva – José Donizete da Silva, 67 anos, 25 anos atuando no Campo do Eldorado como treinador, esclarece que essa animação toda está presente em todos os alunos. “O desempenho do time da cidade inspira muito essa criançada. Eu tenho alunos de cinco, seis anos, e eles já são torcedores do Água Santa”, afirma.

Para ele, a história do Água com o Campo do Eldorado ajuda a explicar a animação dos moradores da região e alunos da escola. “Vi o nascimento do Água Santa. Inclusive, eles montavam os melhores times nos campeonatos. Já eram organizados desde essa época.”

A secretária de Esporte e Lazer de Diadema, Luciana Avelino, fala sobre a animação da cidade com a última partida, que acontece domingo (9/4), às 16h, no Allianz Parque, casa do Palmeiras. “A cidade está vivendo um clima de final de Copa do Mundo. Estamos preparando uma festa bem bonita para a recepção dos atletas, independentemente do título ou não. A gente já se considera vencedor”, finalizou.

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Um comentário em “Campo do Eldorado: passado do Água Santa e futuro do futebol de Diadema”

  1. Esqueceram de dizer que têm um esgoto ao lado que quando a bola cai ninguém consegue pegá-la e tem mais um probleminha, não pode haver chuva, do contrário não haverá treino por pelo menos uns oito dias pois não existe drenagem. Mais uma coisinha pra prefeitura refletir: não existe um bebedouro no parque para as crianças tomar uma água, tem apenas um tanque onde várias vezes vejo marmanjos lavando o rosto e aproveitando pra dar uma descarga no nariz ,logo em seguida vem uma criança saindo do treino e usando a mesma torneira pra tomar uma água! Será que isso está certo Sr prefeito?

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