Corrida noturna, frio e garoa deram tempero especial para a disputa da quinta etapa da competição
Os amantes do automobilismo raiz, uma vez mais, puderam entender como funciona a Old Stock Race. Isso porque a quinta etapa do calendário 2023 foi repleta de reviravoltas.
O circo da competição começou logo na sexta-feira, com o treino livre. Thiago Lourenço, do Opala #21, dominou a sessão, ficando com o melhor tempo.
Já no sábado, pilotos e equipes sabiam que o tempo seria um fator crucial. Afinal, por conta de alterações alheias à competição, o treino classificatório e a primeira corrida aconteceriam com poucas horas de diferença.
No fim da tarde sábado, Ricardo Domenech cravou a pole-position com 1’59″243. Uma fina garoa caiu no autódromo, mudando o comportamento de carros e pilotos. Thiago Lourenço fez o segundo melhor tempo com 1’59″760, seguido de Rodrigo Helal, com 1’59″801.
Os três primeiros classificados com apenas meio segundo diferença. Helal, inclusive, correu com o Opala #70, de Kleber Eletric, realizando a classificação para que o titular do carro fizesse a prova de sábado, retornando para a Copa Truck no domingo de manhã.
Primeira prova
Horas depois, no fim da noite de sábado, com baixíssima temperatura, os Opalas perfilaram para a corrida. Na largada, cinco carros já emparelham para a descida do S.
Thiago Lourenço assume a ponta e começa a abrir em relação a Domenech e Kleber Eletric, que buscava defender a liderança do campeonato. Ambos estavam em franca disputa durante toda a prova.
Destaque da prova para o piloto Georges Lemonias, o Grego. Ele não conseguiu fazer a classificatória, largando em 20º lugar, no fim do grid. Ainda assim, conseguiu escalar 14 posições, terminando na sexta posição.
A disputa também foi acirrada no pelotão intermediário, com Luiz Carlos Zapelini, Marcos Philippi, Kaká Freire, Konrad Viehmann e Rogério Barbato. Os pilotos da Old Man mostraram vigor em disputas incríveis.
No fim da prova, Thiago Lourenço faturou a vitória com tranquilidade, quase 5 segundos a frente de Domenech, que cruzou em segundo. Completaram o pódio Kleber Eletric, Marcos Philippi, Luiz Zapelini e Grego Lemonias.
Segunda prova
A corrida complementar, no domingo, também trouxe emoções por conta da garoa e da vontade de pontuar dos pilotos. Na largada, Thiago Lourenço mantém a ponta, mas na primeira perna do S, já ocorreu o primeiro acidente: Marcos Philippi perde o traçado e toca em Kaká Freire e Cristiano Gomes.
Um bate-bate generalizado também fez Rodrigo Helal ficar na contramão no meio do S, dificultando a passagem dos carros. Destaque para Kaká Freire que conseguiu equilibrar a Caravan Cheirosa e se mandar em direção aos ponteiros, se colocando na terceira posição.
Mas as confusões não pararam, com novas rodadas e escapadas no começo da reta oposta, envolvendo o piloto Rogério Barbato. Adiante, batida forte entre Pedro Pimenta e Nereu Coelho Junior no bico de pato.
O safety car foi acionado para reorganizar a prova. Na relargada, a situação melhorou, mas uma baixa névoa, aliada à chuva e ao excesso de sujeira na pista não colaboraram. Vários abandonos foram registrados em pontos que ficaram complicados para pilotagem, como o início do S, a região do laranjinha e o bico de pato, por exemplo.
Ao final, sob muita pressão, Thiago Lourenço faturou a dobradinha, com Domenech em segundo. Em terceiro terminou Zapelini, que faturou a Old Man, seguido por Rogério Barbato e Georges Lemonias (quarto e quinto na geral, e segundo e terceiro na Old Man). Fechou o pódio, na sexta posição, Felipe Lemonias.
A noite ainda foi fechada com o retorno do desfile dos opaleiros. Dezenas de carros de rua deram voltas pelo Autódromo, como é de costume e marca a Old Stock Race.
A competição volta às pistas no dia 24 de setembro, no Autódromo Velocitta, em Mogi Guaçu. Não será liberada a presença de público, mas será possível acompanhar todas as emoções da próxima etapa no canal oficial da Old Stock Race no YouTube.
Fonte: Academia da Comunicação