A sessão ordinária desta segunda-feira (14) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo foi novamente marcada por debates acerca das últimas decisões da Secretaria Estadual de Educação. Atualmente, a pasta é ocupada pelo secretário Renato Feder, empresário ligado à empresa de tecnologia Multilaser, que tem sido bastante questionado sobre as decisões das últimas semanas, como a substituição de livros didáticos do MEC por materiais digitais.
O primeiro a se manifestar sobre o assunto foi o deputado Reis (PT), criticando a forma com que o trabalho de Renato Feder tem sido conduzido à frente da Educação do Estado de São Paulo. “Centenas de milhões de reais investidos em material didático estão sendo jogados fora por conta dos interesses do secretário em fazer negócios usando o poder público. É ele quem está por trás da ideia de acabar com os livros didáticos no ensino público”, afirmou.
Em seguida, Eduardo Suplicy (PT) também comentou sobre a atual situação da Educação em São Paulo. Segundo o parlamentar, o Governo Estadual está, por falta de conhecimento do assunto, liquidando a utilização dos livros impressos e acabando com a liberdade de escolha do material pelo professor. “Nada contra o material digital desde que bem utilizado, de forma complementar, mas não concordo que seja feito de forma exclusiva, sobretudo no período de formação de crianças e adolescentes”, declarou.
Outros assuntos
Já durante o Grande Expediente, Reis voltou à tribuna para apoiar os trabalhadores metroviários, que têm uma assembleia marcada para a noite desta segunda (14), na qual decidirão se haverá greve na terça-feira (15). “As medidas tomadas por Tarcísio de Freitas indicam descaso com a classe e com o serviço. Jornadas abusivas de trabalho nas linhas administradas pela Via Mobilidade já foram relatadas, e são perigosas para os passageiros e trabalhadores do metrô”, protestou.
Suplicy também usou uma segunda vez seu tempo de fala para manifestar apoio ao candidato à presidência do Equador, Yaku Perez, que decidiu suspender sua campanha eleitoral após o assassinato do concorrente Fernando Villavicencio, no último dia 9. Após ler o manifesto da campanha “Claro que se Puede”, o deputado da Alesp declarou apoio ao candidato equatoriano.
Por fim, o deputado Conte Lopes (PL) propôs a ideia de unificar todas as categorias policiais no Estado de São Paulo. “Creio que a polícia está muito unida no momento, e quanto mais unida mais forte será no combate ao crime. Sou favorável a uma polícia atuante, firme e valorizada”, disse.