Teo Lopes é um dos destaques da ERT Formula E Team, que tem como piloto o mineiro Sette Câmara
A história de Teo Lopes é uma das que se tornaram lendárias no mundo do automobilismo. Nascido na cidade de Mundo Novo, na Bahia, Teo mudou-se para São Paulo ainda criança, na década de 1950. Desde então, ele trilhou um caminho impressionante que o levou da capital paulista até os bastidores do automobilismo mundial.
Hoje, aos 68 anos, o paulistano de coração é um dos integrantes da equipe ERT do Campeonato Mundial ABB FIA Formula E. O time conta com o mineiro Sérgio Sette Câmara e disputará a décima temporada dos carros elétricos a partir de janeiro na Cidade do México.
Em entrevista na pista do Circuito Ricardo Tomo, em Valência, na Espanha, onde ocorreu a pré-temporada da Fórmula E, Teo recordou que foi apresentado ao mundo do automobilismo pelo irmão. A história tinha tudo para dar certo, já que eles moravam muito próximo ao Autódromo de Interlagos e o Brasil estava vivendo o início da febre da Fórmula 1.
“É bom ver o futuro do automobilismo de perto, o desenvolvimento dessa tecnologia. Óbvio que as tecnologias no setor automotivo evoluem muito rapidamente, e amanhã podemos ter outro tipo de energia apontado como futuro. De qualquer forma, é um futuro promissor, com o uso de energia limpa”, destaca Teo.
A Fórmula E é uma categoria de corrida que combina alta velocidade e tecnologia elétrica. A prova volta para São Paulo em março de 2024 no Sambódromo do Anhembi esperando receber mais de 20 mil pessoas como na temporada 2023. Os ingressos começam a ser vendidos em breve.
Teo Lopes reside na Inglaterra, próximo ao lendário Circuito de Silverstone, e agora se dedica 100% ao desenvolvimento do monoposto da ERT. ”Trabalho com o Serginho desde o ano passado na equipe. Infelizmente não tivemos um ano muito bom, mas temos a perspectiva de ser melhor na próxima temporada”.
E se depender da mão de Teo Lopes a equipe vai melhorar! Ele acredita na evolução da ERT neste ano e principalmente em 2025, quando os times poderão mexer ainda mais nas configurações dos carros, principalmente no powertrain.
Além disso, Teo destaca o quanto a categoria evoluiu desde o primeiro eprix, realizado em 2014 em Pequim na China, até os dias atuais. No momento, a Fórmula E utiliza o GEN3 – o carro de corrida elétrico mais rápido, mais leve, mais potente e eficiente já construído.
“Nos primeiros anos, não podíamos tocar nos carros. Tinha um grupo de pessoas adequadas para mexer na parte elétrica. Hoje podemos fazer tudo, montar e desmontar. Não é mais algo de outro mundo, como parecia quando tudo começou. Cresceu em estrutura, e diminuiu o tamanho dos componentes dos carros. Motor e baterias diminuíram de tamanho e peso, melhorou a capacidade e potência, um processo que não imaginávamos que seria tão rápido”, revela.
Ao longo de sua carreira, Teo teve a oportunidade de trabalhar com muitos pilotos renomados como Rubens Barrichello, Pupo Moreno, mas, infelizmente, não teve a chance de colaborar com um dos maiores ícones do automobilismo brasileiro, Ayrton Senna. “Tive uma boa relação com ele e era muito gente fina. Jantamos juntos exatamente um ano antes da tragédia de 1994. Não dá para acreditar até hoje”, recorda Teo.
Teo Lopes é um grande defensor da necessidade de categorias de base fortes no automobilismo brasileiro para que mais pilotos entrem nas principais categorias como F1 e F-E, mas a caminhada até aqui não é nada fácil!. “Para mim, a grande falha do Brasil foi o fim da Fórmula Ford. Se tivessem dado continuidade na categoria, ainda estaríamos formando novos talentos. Ficamos muitos anos sem a categoria de base, e isso fez diminuir o nível dos pilotos.
No que diz respeito ao patrocínio, Teo reconhece as dificuldades enfrentadas pelos pilotos brasileiros. “Existem aqueles que a família pode sustentar a carreira financeiramente, e podem conseguir chegar às categorias principais, mas é algo muito raro de acontecer. A realidade é difícil, chegar na F1 nos dias atuais é complicado”, destaca Teo, ressaltando o potencial do jovem piloto brasileiro Felipe Drugovich, que chegou a ser alvo de equipes da Fórmula E para a décima temporada e foi destaque dos testes para novatos realizados este ano em Berlim e Roma.
A história de Teo Lopes é um exemplo inspirador de alguém que, movido pela paixão pelo automobilismo, conquistou seu lugar nos bastidores do esporte mundial e testemunhou seu constante avanço tecnológico. De Mundo Novo, na Bahia, passando por São Paulo e se consolidando na Inglaterra, onde só sai após sua aposentadoria.
Sobre a Fórmula E e o Campeonato Mundial ABB FIA Formula E > >
Como o primeiro Campeonato Mundial da FIA totalmente elétrico do mundo e o único esporte certificado com zero emissão de carbono desde o início, o Campeonato Mundial ABB FIA Formula E traz corridas dramáticas para o coração de algumas das cidades mais icônicas do mundo, fornecendo uma plataforma de elite do automobilismo com os principais fabricantes automotivos, para acelerar a inovação de veículos elétricos.
A rede de equipes, fabricantes, parceiros, emissoras e cidades-sede da Fórmula E está unida pela paixão pelo esporte e pela crença em seu potencial para acelerar o progresso humano sustentável e criar um futuro melhor para as pessoas e o planeta.www.FIAFormulaE.com
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Sobre a ABB:
A ABB é líder em tecnologia em eletrificação e automação, permitindo um futuro mais sustentável e eficiente em termos de recursos. As soluções da empresa conectam know-how de engenharia e software para otimizar como as coisas são fabricadas, movidas, energizadas e operadas. Com base em mais de 130 anos de excelência, os cerca de 105.000 funcionários da ABB estão comprometidos em impulsionar inovações que aceleram a transformação industrial. www.abb.com
Fonte: On Board Sports