Através de oficinas de teatro, o coletivo As Trapeiras promove um encontro entre mulheres da Zona Leste para compartilhar experiências, estimular a criatividade e produzir novas memórias afetivas como uma forma de fortalecer a auto estima de cada uma delas.
As Trapeiras promovem oficinas de arte gratuitas para mulheres na Zona Leste de São Paulo
O Coletivo As Trapeiras (@astrapeiras) está realizando uma série de oficinas gratuitas para mulheres cis e trans em diferentes espaços da Zona Leste de São Paulo. Em encontros que exaltam a potência do feminino, o grupo promove uma integração leve e divertida, estimulando a criatividade com diferentes atividades artísticas, inspirando as participantes a encontrarem ferramentas de fortalecimento da auto-estima no dia-a-dia.
No mês de abril, as oficinas serão realizadas às segundas-feiras na Casa Anastácia, na Cidade Tiradentes; às quartas-feiras na Casa Zizi, na Vila Ema; e às sextas-feiras na Casa Viviane dos Santos, em Guaianazes. A participação é gratuita, aberta a todas as mulheres que queiram participar e a inscrição pode ser feita on-line ou no próprio local. Todos esses espaços visam promover um ambiente para a convivência das mulheres, oferecendo oficinas e outras atividades que promovem bem-estar, fortalecimento pessoal, articulação coletiva e geração de renda, sendo as oficinas das Trapeiras parte dessa programação.
Com atividades artístico-pedagógicas, As Trapeiras criam um espaço lúdico e seguro onde as participantes podem compartilhar memórias, reconhecer o percurso de suas histórias e lançar um olhar para o seu próprio poder de criação, participação e a possibilidade de atuar de maneira potencializadora, gerando transformações no cotidiano.
Revisitando o passado, percebendo e sensibilizando o presente para transformar o futuro, as oficinas têm por objetivo conduzir as mulheres por um percurso que amplie os imaginários para que elas realizem suas próprias criações.
Os encontros irão frutificar a construção e apresentação de cenas ou peças de Teatro-Fórum protagonizadas pelas participantes refletindo sobre o que é ser mulher e como reinventar sua própria história. A metodologia utilizada é uma das técnicas teatrais sistematizadas por Augusto Boal, que tem como objetivo promover a participação do público no desenvolvimento de estratégias para transformar a questão social apresentada nas montagens.
“Reinventar o que significa ser mulher é um processo poderoso e transformador, que envolve questionar expectativas sociais, abraçar a diversidade de experiências femininas e fortalecer as mulheres cis e trans a tomarem o controle de suas próprias narrativas. Reinventar o que é ser mulher é um ato de autonomia, auto expressão e resistência”, comentam As Trapeiras.
As ações fazem parte do projeto “Teatro-Fórum: Reinventando o que é ser mulher”, contemplado no Edital Modalidade 2 – 20ª edição do Programa VAI – Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, que será realizado em três fases: 1ª Oficinas de Teatro Fórum nos Serviços de Atendimento à Mulher, 2ª Mostra de Cenas e Peças criadas nas Oficinas e 3ª Lançamento de Minidocumentário com registros do processo, contextualização e informações de Utilidade Pública. As ações são concentradas na Zona Leste de São Paulo, região marcada por um dos maiores índices de casos de violência doméstica registrados no Estado.
O projeto “Teatro-fórum: Reinventando o que é ser mulher” também é um aliado das mulheres surdas – seja a surdez parcial ou total. Para compartilhar as experiências e informações de utilidade pública, será produzido um minidocumentário com Tradução em Libras, com o protagonismo das próprias participantes do projeto, organizando e narrando partes do percurso e das estratégias criadas pelo público nas apresentações. O objetivo é sensibilizar e conscientizar sobre a cultura do respeito, estimular a prevenção da violência de gênero e a valorização do protagonismo feminino.
Sobre As Trapeiras
O coletivo As Trapeiras foi fundado em 2015 por Sabrina Motta, Jessica Duran e Ivy Mari Mikami. Já contou com as artistas Carol Doro, Patrícia Silva, Marina Afarez, Cecília Botoli, e atualmente é integrado pelas artistas plurais Amabile Inaê, Ivy Mari Mikami e Verónica Gálvez Collado, que tem como propósito provocar reflexões que potencializam a sociedade, trazendo à tona temas urgentes, porém difíceis de se abordar, que através da Arte-Educação são acolhidos com sensibilidade e profissionalismo.
Em 2015, inicia sua trajetória com a contação de histórias “Por preço de autoridade ou Autoridade por ocasião”; “Vasalisa” e “Jurema, filha de mãe África”. E, através do ProAc Primeiras Obras, realizam a montagem e circulação do espetáculo “Tramarias” (1ª edição), que totalizou 63 apresentações até 2018.
Em 2019, o coletivo remonta o espetáculo, agora como Teatro-Fórum e intitulado: “Tramarias: Libertando-se das Tramas”. Contemplado pelo Programa de Valorização a Iniciativas Culturais – VAI modalidade 2, o grupo realizou em 2021 o projeto “Fortalecendo Mulheres“, que, em razão da pandemia da COVID-19, promoveu oficinas e espetáculos online, além de reinaugurar a “Lojinha d’As Trapeiras“.
Em 2022, em parceria com o Instituto Mundo Aflora, As Trapeiras realizaram as oficinas “Fortalecendo-se no Cotidiano” na Fundação Casa. Em 2022 e 2023 circulam pelas Bibliotecas Municipais de São Paulo com a peça “Tramaria Libertando-se das Tramas”. E em Agosto de 2023, no mês de comemoração da Lei Maria da Penha, se apresentaram nas Fábricas de Cultura do Estado de São Paulo. Dessa forma, o espetáculo soma mais de 100 apresentações presenciais e online.
Informações: Instagram: @astrapeiras / Facebook: www.facebook.com/astrapeiras
Serviço: Oficinas “Teatro-Fórum: Reinventando o que é ser mulher”
Com Coletivo As Trapeiras
Sinopse: Através de oficinas de teatro, o coletivo As Trapeiras promove um encontro entre mulheres cis e trans da Zona Leste para compartilhar experiências, estimular a criatividade e produzir novas memórias afetivas com uma forma de fortalecer a auto estima de cada uma delas.
Duração: encontros de 02 horas cada
Oficinas gratuitas em abril de 2024
Onde: Casa Anastácia – Rua Márcio Beck Machado, 106, Cidade Tiradentes – São Paulo – SP – Horários: segundas-feiras, às 14h
Onde: Casa Zizi – Rua Teotônio de Oliveira, 101, Vila Ema – São Paulo – SP – Horários: quartas-feiras, às 14h
Onde: Casa Viviane dos Santos – Rua Planície dos Goitacazes, 456 – São Paulo – SP – Horários: sextas-feiras, às 14h
Fonte: Luciana Gandelini