Lojistas conheceram hoje plataforma de e-commerce que reunirá todos os boxes do famoso ‘shoppinho’ e terá produtos à venda, com entregas em Diadema e região
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SEDET) apresentou nesta quinta (2), aos lojistas permissionários do Shopping Popular, o novo site de e-commerce do estabelecimento, que é um espaço público ocupado por meio de edital de permissão de uso. Na plataforma, os pequenos empreendedores poderão vender os mesmos produtos que vendem nas bancas e até mais, pois não há limitação de espaço. As entregas ficarão a cargo da cooperativa de motofrentistas da Casa da Economia Solidária.
Uma ideia que foi gestada ainda na gestão da vice-prefeita Patty Ferreira como secretária titular da SEDET. “Quando assumimos a prefeitura, percebemos que gestões anteriores haviam perdido o foco do que era a ideia do original do Shopping Popular. E dada a importância do trabalho de vocês, nós imediatamente priorizamos o nosso shoppinho, ajudando o coletivo a se reestruturar, organizando os permissionários, abrindo vagas para mais gente que poderia estar lá e não estava. Por isso fico feliz em ver os resultados deste trabalho aparecendo,” afirmou a vice-prefeita aos convidados.
“Esta é mais uma promessa desta gestão que está sendo realizada e é muito importante que o lojista veja o que está sendo feito e acredite no projeto,” explicou Marcelo Lucas, diretor de Políticas de Trabalho e Economia Solidária da SEDET. “Temos toda uma equipe trabalhando para que o comércio popular tenha seu espaço e agora, com a ampliação das vendas para o ambiente virtual, a tendência é crescer mais e mais.”
Rumo ao futuro
Todo o processo precisou obedecer certas etapas, em nome da transparência e da lisura do processo. Primeiro, a ideia foi oferecida aos lojistas, que aceitaram a proposta. Então, os lojistas permissionários (que têm autorização de gerenciar boxes no Shopping Popular) precisaram manifestar individualmente sua adesão ao projeto, cadastrar suas lojas e produtos.
Em paralelo a isso, a programação e o design do site foram sendo construídos. “Em seguida, vamos fotografar e cadastrar cada produto, cada um em sua categoria, para facilitar o acesso tanto dos vendedores, quanto dos usuários. Após capacitar os permissionários para a utilização do site, cada um colocará no ar sua loja e o site será lançado,” explicou o técnico da SEDET, Bruno Farias, aos presentes.
No site, cada loja terá seu próprio espaço, com banner, nome e foto da loja, localização dentro do shopping, contato e fotos e descrição de todos os produtos. O pagamento será feito no próprio site e o comprador receberá em casa. Tudo isso sem custo para os lojistas.
“O mundo hoje é a internet,” afirmou Márcia Barbosa Santos, 60, que está no Shopping Popular há mais de 20 anos, desde que abriu. “Minha vida é de camelô raiz, eu amo trabalhar na rua, conversar com o cliente, olho no olho. Mas na rua a gente fica sujeita ao tempo, à violência. Quando Filippi ergueu o Shopping, foi um sonho, ter um lugar limpo, sem chuva, um teto para que a gente pudesse trabalhar. Hoje, é a evolução do celular e quem não se adaptar vai ficar pra trás. No futuro, nem vai ter loja física mais. O caminho é esse.”
Ivan Ferreira, 48, fez o caminho inverso: começou no online, vendendo itens personalizados pela internet e só recentemente chegou ao Shopping Popular, há menos de 6 meses. “Ter um box lá me trouxe uma visibilidade maior, o cliente pode passar na frente, ver o que está sendo oferecido, pegar, tocar. É uma forma de mostrar que eu existo e que o produto é real. Mas essa oportunidade agora, da loja online, vai ser muito boa pra nós. Ainda mais com a prefeitura se responsabilizando pelos custos, pela manutenção, que é o que mais gera gastos no e-commerce, pro lojista vai ser só vantagem!”
Segundo Ivan, é uma oportunidade que não se pode perder – e quem aderir à plataforma já no começo, vai sair em vantagem. “Depois que tiver no ar, funcionando, muita gente vai querer participar, tenho certeza. Mas aí já estaremos vendendo. E não somente para a região central, como é hoje, mas em toda Diadema, em outras cidades da região, até São Paulo. É uma ideia pioneira e nós seremos os pioneiros.”