Um bombardeio israelense no último sábado (1°) contra a cidade de Saddike, no sul do Líbano, deiou três brasileiros feridos. Em nota, o Itamaraty manifestou “indignação” com o ataque que atingiu residências e informou que todos recebem tratamento no Hospital Libanês Italiano, em Tiro.
“O episódio ocorreu no contexto de ataques das forças armadas israelenses no Sul do Líbano e do Hezbollah no Norte de Israel. A Embaixada do Brasil em Beirute está em contato com os familiares e com a equipe médica e presta o apoio consular. Desde o início do conflito entre Israel e Palestina, a Embaixada em Beirute monitora e mantém contato regular com os brasileiros residentes no Sul do Líbano”, declarou o Ministério das Relações Exteriores.
O Brasil ainda pediu “às partes envolvidas nas hostilidades a máxima contenção, assim como o respeito aos direitos humanos e ao direito humanitário, de forma que se previna o alastramento do conflito em Gaza e se evitem novas vítimas civis inocentes”.
De acordo com o G1, a brasileira Fatima Boustani está internada em estado grave. Além dela, foram atingidos os filhos de dez e nove anos e a casa ficou totalmente destruída. Por conta da situação, ela deve ser transferida para um hospital em Beirute, na capital do país.
Acirramento das tensões no Líbano
Também no sábado, o movimento libanês Hezbollah disse que atacou posições militares israelenses dez vezes. A declaração apontou ainda que os combatentes dispararam cinco vezes contra posições israelenses nas direções leste e oeste.
O Hezbollah enfatizou que a maioria dos ataques foi realizada com mísseis. Um dos alvos foi um avião israelense sem piloto, abatido sobre o território do Líbano por um míssil terra-ar.
A situação na fronteira entre Israel e Líbano piorou após o início das operações militares israelenses na Faixa de Gaza, em outubro de 2023. O Exército israelense e os combatentes do Hezbollah libanês disparam diariamente contra as posições uns dos outros em áreas ao longo da fronteira.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Líbano, cerca de 100 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas no sul do Líbano devido aos bombardeios israelenses. O lado israelense relatou cerca de 80 mil residentes do norte de Israel que se encontraram em situação semelhante.