Nesta segunda 26 de agosto, comemora-se o Dia Internacional da Igualdade da Mulher
A valorização das mulheres no mercado de trabalho é algo que precisa ser lapidado, principalmente quando o assunto é equidade salarial e de gênero. De acordo com dados do 1º Relatório de Igualdade Salarial do Ministério do Trabalho e Emprego, as mulheres ganham quase 20% a menos que os homens no Brasil. Motivo pelo qual, em julho/2023, começou a vigorar a Lei n.º 14.611/2023, lei que torna obrigatória o pagamento de salários iguais para homens e mulheres que exerçam a mesma função.
Algumas empresas têm adotado iniciativas voltadas para a promoção da equidade de gênero, implementando políticas e programas que visam ampliar a participação de mulheres nas organizações. É o caso da Medtronic, líder em tecnologia na saúde, que possui hoje 65% da alta liderança composta por mulheres e 58% do quadro funcional representado pelo público feminino. “Já avançamos muito, mas sabemos que ainda podemos melhorar. O que tiramos de lição da caminhada até aqui é a importância de que as ações, de fato, façam parte e caminhem em conjunto com a estratégia da empresa”, comenta Claudia Morgental, diretora de Recursos Humanos da Medtronic no Brasil .
De acordo com Claudia, o primeiro passo na caminhada de uma empresa mais igualitária é criar programas que ajudem a transformar, de forma intencional e prática, a realidade das empresas.
Mulher no comando
Ter uma mulher no comando traz mais luz para o tema diversidade nas empresas e colabora para que outras mulheres ocupem lugares de gestão. Além disso, conforme um estudo da McKinsey na América Latina, empresas com pelo menos uma mulher no quadro executivo tem 50% mais chance de aumentar a rentabilidade.
“Em 2023, a Medtronic passou a ter, pela primeira vez, uma mulher na posição de vice-presidente da companhia, o cargo máximo de liderança da empresa no Brasil”. A atuação da executiva Gisela Bellinello é marcada por grandes transformações nos modelos de negócios da companhia, compromisso com a ampliação de acesso à saúde e celeridade nas ações de ESG, com destaque para o pilar de Diversidade, Equidade & Inclusão.
Incentivo à liderança feminina
Promover a ascensão de mulheres em posições de liderança vai muito além de cargos C-Level. Para impulsionar as carreiras femininas da empresa, a Medtronic criou um “ERG – Employer Resource Group” ou Grupo de Recursos de Funcionários, em tradução livre: o MWN (Medtronic Women’s Network). O objetivo é discutir ideias sobre como ampliar e promover o desenvolvimento profissional das colaboradoras. “Entre as conquistas, o grupo estabeleceu a obrigatoriedade de sempre ter uma mulher na última etapa competindo nos cargos de liderança”, exemplifica Claudia.
Conscientização masculina
A equidade de gênero também passa pela conscientização e apoio dos homens. “É fundamental que os homens exerçam seu papel no trabalho de construção de um ambiente mais igualitário. Pensando nisso, criamos outro ERG fundamental para nossa política de diversidade, o MAE (Men Advocating for Equity)”. O programa interno foi instituído para envolver os homens e conscientizá-los sobre os preconceitos e impactos disso na vida das mulheres, tanto no ambiente pessoal como no corporativo. O objetivo é legitimar que o preconceito existe e que situações que inferiorizam as mulheres não podem mais ser vistas como “brincadeira” pela sociedade.
Diversidade de dentro para fora
Olhar para todo o ecossistema que envolve a empresa e promover a igualdade nestes ambientes também é fundamental. “Mais do que ter um ambiente interno acolhedor e transformador, queremos que as nossas profissionais encontrem em todo seu entorno um ambiente propício para sua atuação”, analisa Claudia. Com esse objetivo, a empresa promoveu o “Elas na Medicina”, manifesto e evento que contou com o apoio de 12 médicas renomadas para compartilhar suas experiências de preconceito e superação na trajetória da medicina.
Capacitação de jovens profissionais
Já para fomentar a presença feminina na medicina e reforçar a diversidade no setor de saúde, a Medtronic também idealizou o ELISA (Edições de Livre Iniciativa de Solidariedade e Apoio). Um programa direcionado a médicas em início de carreira que optaram por especialidades ainda dominadas por homens, como urologia, coloproctologia, ortopedia, cirurgia, entre outras áreas. A ação buscou médicas já conceituadas nessas áreas para promover mentorias com médicas recém-formadas e em curso, que possivelmente estão vulneráveis ao preconceito, por serem especialidades com maior predominância masculina.