A Secretaria de Educação de Ribeirão Pires iniciou neste ano o mapeamento dos alunos da rede municipal para identificar o índice de devolutivas das atividades do ensino remoto. Dos quase 7 mil estudantes matriculados, estudo identificou que 89% das crianças/adolescentes, em média, participam das tarefas propostas.

“No ensino presencial, é exigida a frequência dos alunos em pelo menos 75% das aulas. Mesmo diante do distanciamento físico entre estudante e escola durante a pandemia, mantivemos índice considerado satisfatório de participação nas atividades propostas no ensino remoto, seja por meio da plataforma online ou da retirada de conteúdo impresso nas unidades escolares”, explicou a secretária de Educação de Ribeirão Pires, Rosi Ribeiro de Marco.

O levantamento também constatou que não há evasão escolar nas unidades de ensino municipais – casos de alunos matriculados que não são localizados e/ou podem ter as famílias contatadas para que a gestão educacional realize o trabalho de aproximação com a escola.

A partir da análise das informações, coletadas no mês de maio, equipe da Secretaria de Educação de Ribeirão Pires está traçando novas medidas para identificar as razões para a não participação de cerca de 11% dos estudantes.

Por lei, a Educação Básica é obrigatória para todas as crianças com idade a partir de 4 anos. No segmento Infantil, de 4 e 5 anos, o percentual de devolutivas de atividades é o menor, de 82%. O maior índice de participação no ensino remoto está entre alunos do Fundamental II, do 5° ao 9° ano. Para este segmento, 94% dos estudantes acompanham aulas online e/ou entregam suas tarefas. No Fundamental I, do 1° ao 4° ano, as devolutivas chegam a 90%.

“Os alunos estão há mais de um ano no ensino remoto, um formato que poderia ter se tornado obsoleto e pouco atrativo. Mantivemos uma plataforma ativa, com um alto nível de devolutivas, especialmente pelo empenho dos profissionais da rede que estão se reinventando e buscando abordagens que tornem o ensino atraente. Temos excelentes professores que criaram personagens, cenários, brincadeiras, projetos, tudo para envolver os estudantes e também incentivar as famílias”, explicou a coordenadora pedagógica da Secretaria de Educação Municipal, Nádia Ferreira.

A professora de língua portuguesa das turmas de 8° ano da E.M. Prof. Sebastião Vayego de Carvalho, Maria Kardash Salvador, adotou o uso de meios digitais para promover aulas online neste período remoto. “Semanalmente fazemos encontros pelo Google Meet e tento ao máximo manter a dinâmica que tínhamos em sala de aula, no presencial. Levamos frases e textos para promover debates no grupo, fazemos as correções das atividades juntos, orientamos sobre as tarefas semanais e sondamos possíveis dúvidas. E uma outra forma de estimular a participação foi a criação de uma página no Facebook para publicar os melhores textos produzidos pelos alunos, iniciativa que envolveu mais os pais e a comunidade escolar”, explicou a professora.

Yasmin Neves da Silva Franco, aluna do 8° ano do Vayego, tem o incentivo e apoio da família para as aulas online. O pai da estudante, Marcos David Franco, 48 anos, avalia positivamente as iniciativas para aumentar a adesão dos alunos às atividades. “A Yasmin tem participado integramente das aulas. Essa é a prioridade, fazer as tarefas para ter boas notas e melhores chances no futuro. A maneira que os professores encontram para passar as atividades é muito bom, porque muitas vezes o aluno não participa por não entender”, disse.

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