Na 1ª edição de “O Impacto da Crise Hídrica no Mercado Financeiro” abordamos como se comportaram as senhoras do setor Eletrobras, Cemig e Light nas crises passadas. Na 2ª edição como se comportaram os novos players do setor com Neo Energia, Energisa e Engie. Na 3ª edição as “queridinhas” do setor as transmissoras de energia Transmissão Paulista de Energia, Alupar e Taesa. Nesta edição veremos como se comportaram e estão se comportando as principais empresas dos setores de extração mineral com a Vale, indústria com a Gerdau e no setor de serviços com a Meal das marcas Graal, Pizza Hut e KFC.

Começaremos pela extração da commoditie minério com a Vale uma das maiores mineradoras do mundo que apesar das escavadeiras serem movidas a combustíveis, todo maquinário para separação do minério da terra exigem alta demanda de energia elétrica. Na crise ocorrida no governo FHC entre 2001 e 2003 a Vale valorizou 120% até 2002 no último ano da crise hídrica corrigiu -30%, com seu fim subiu 1000% até 2008. Na crise ocorrida no governo Dilma entre 2014 e 2016 foram 2 anos de queda com -70% de perda além do que já havia perdido após crise de crédito em 2008. Na crise atual apesar da pequena correção no mês de Junho o ativo se mantém resiliente, que desde 2016 já se valorizou 1400% conforme gráfico abaixo:

 

Na indústria observaremos como se comportou a Gerdau fabricante de aço que demanda muita energia em seu processo de transformação, na crise hídrica de 2001 assim como a Vale se valorizou até 2002 com 140%, corrigiu -25% em 2003 e com o fim da crise subiu incríveis 1380%. Na crise de 2014 caiu -80% com seu fim em 2016 valorizou 1385%, nesta crise no mês de Junho recuou -23% e em Julho recuperou 7%, ambas as empresas atuam no mercado da commoditie minério observem que seus movimentos são similares com variações percentuais, apesar de ambas serem voláteis a Gerdau apresenta maior volatilidade.

O setor de serviços foi um dos mais impactados pela pandemia e também é impactado em crises hídricas, a Meal apesar de não ter passado a crise de 2001 sofreu com a crise entre 2014 e 2016 com queda de -83% do seu valor apesar de não ser apenas a crise hídrica a principal causa da sua correção e sim o cenário econômico pós crise de crédito dos bancos, porém o mercado não deixou de precificar a crise. Esta crise já impactou -15% do seu valor pois para servir uma pizza, frango frito e manter suas lojas produzindo e funcionando com todo ar condicionado, haja energia.

Encerrando esta série podemos resumir que as empresas do setor elétrico foram impactadas nas últimas crises que perduraram por coincidência 2 anos, até mesmo as “queridinhas” do mercado as transmissoras. A extração e a indústria do minério na crise de 2001 pareciam ignorar a crise mas sofreram no seu fim e o setor de serviços foram impactados tanto pela crise hídrica quanto pelo cenário econômico do país, estamos diante de um crise hídrica, pandemia com novas variáveis, mudanças climáticas e governo investigado.

Na próxima quarta-feira iniciaremos uma nova série  “A Renda Fixa não Morreu” Parte 1 onde observaremos o cenário econômico como as taxas de juros, IPCA e dólar impactam a renda fixa no Brasil.

Nos siga nas redes sociais e mantenha-se informado no JWNews.com.br
Se este conteúdo foi útil compartilhe para continuarmos a oferecer informação e notícias gratuitas a você leitor.

Esta matéria assim como os estudos gráficos não são recomendações de compra ou venda, servindo apenas de caráter informativo

Compartilhar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site é protegido por reCAPTCHA e pelo Googlepolítica de Privacidade eTermos de serviço aplicar.

The reCAPTCHA verification period has expired. Please reload the page.