Impacto do Open Bank no Mercado Financeiro – Parte 4

Neste mês de setembro abordamos os Impactos do Open Bank no setor financeiro, começando pelas Blue Chips Itaú Unibanco, Bolsa de Valores B3 e Banco Bradesco. Na edição anterior abordamos as Fintechs Banco Pactual, Banco Inter e Cielo. Nesta edição abordaremos as Small Caps do setor financeiro o Banco Barinsul, Banco ABCB e Banco BMG.

O Barinsul Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. fundado em 1928 é uma estatal com capital misto negociada com os tickers BRSR3 BRSR5 BRSR6, abriu seu capital em Setembro de 2007 negociada na faixa dos R$ 5,00, na crise dos sub prime em 2008 chegou a ser negociada à R$ 2,00 e subiu incríveis 535% até 2012. Com o fim do ciclo em 2016 foi negociada à R$ 3,13 e renovou máximas em 2020, sendo negociada por R$ 25,18 com 680% de valorização.

Com o advento das Fintechs, Pix e Open Bank os desafios a serem enfrentados no setor são diferentes dos anteriores, traçando uma linha de tendência de alta (LTA) no gráfico, não seria novidade ser negociada na casa dos R$ 4,50, historicamente o Barinsul foi negociado à R$ 2,00 e R$ 3,13.

O Banco ABC Brasil foi fundado pelo Grupo Roberto Marinho e Arb Banking sob o nome Banco ABC Roma S.A. em 1989 no segmento de crédito corporativo, trade e tesouraria, em 1997 com a saída do grupo Roberto Marinho o nome foi alterado para Banco ABC Brasil S.A. Em 2007 abre seu capital na Bolsa de Valores negociada pelo ticker ABCB4 na faixa dos R$ 5,60.

Todos sofreram com a crise dos sub prime, com o Banco ABC não foi diferente corrigindo 80% foi negociado em 2008 à R$1,30. Em 2012 com a recuperação do mercado o Banco ABC valorizou 550% sendo negociada à R$ 8,51. Com a correção até 2016 perdeu 45% de valor de mercado negociada por R$ 5,21 e com a recuperação do mercado valorizou 330% até 2020 negociada por R$ 22,91.

Com a chegada da pandemia e recuperação da economia acumula perda de 35%, apesar dos desafios do Banco ABC serem diferentes dos bancos tradicionais com grade volume de redes de atendimento, o mercado está melhor precificando a instituição. Traçando uma LTA não seria novidade ser negociada na faixa dos R$ 9,00, apesar de atraente o valor não se esqueça que as LTAs podem ser rompidas.

Fecharemos esta edição com o Banco BMG fundado em 1930 em Belo Horizonte (MG), ficou conhecido pelas suas lojas de crédito pessoal que levaram ao seu IPO (Oferta Pública Inicial) em 2019, foi negociada na faixa dos R$ 11,00 com o ticker BMGB4 . Desde a sua abertura até o momento acumula perdas na faixa dos 60%.

Como não temos histórico gráfico para traçar uma LTA ou mesmo suportes e resistências veremos seus fundamentos, com DY (dividend yield) de 4,8% a.a, cotada em 22/09 à R$ 3,86 corresponde à 0,56 X Valor Patrimonial (VPA R$ 6,87) desconto aproximado de 50% do valor patrimonial, LPA (lucro por Ação) R$ 0,56, Margem de Lucro 11,9%, P/L (preço/lucro) 6,98 interessante faixa para muitos investidores. Aplicando a fórmula do valor intrínseco √22,5 X VPA X LPA o resultado seria R$ 9,36.

Mas como a formação de preço não é condicionada somente a fundamentos, mas sim as perspectivas futuras do mercado o que podemos esperar do Banco BMG diante de tantos desafios como Open Bank? Que aumenta a concorrência entre os financiadores de crédito, principal atividade do Banco BMG.

Na ultima edição abordaremos as Queridinhas do Setor Financeiro Itausa (ITSA4), Banco do Brasil (BBAS3) e Banco Santander (SANB11).

Leia a 1ª Edição – Impacto do Open Bank no Mercado Financeiro – Parte 1 – Bancos

Leia a 2ª Edição – Impacto do Open Bank no Mercado Financeiro – Parte 2 – TOP 3 do INFC

Leia a 3ª Edição – Impacto do Open Bank no Mercado Financeiro – Parte 3 – Fintechs

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Cenário Econômico – Renda Fixa não Morreu – Parte 1

Cenário Econômico – O Impacto da Crise Hídrica no Mercado Financeiro – Parte 1

Cenário Econômico – “O fim da Pandemia” Parte 1 – Blue Chips

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