Na edição anterior observamos a queda livre das empresas do Varejo Online, que podem ficar interessantes para os investidores com a Recuperação da Economia, apesar da redução da expectativa do PIB para 5,01% em 2021, tecnicamente estamos em recuperação. Mas como estão se comportando as empresas setor da construção civil?
Com queda da taxa Selic as construtoras tomaram crédito, revitalizaram suas dívidas e foram ao mercado. Diante de um país com déficit de moradia e taxas atrativas aos investidores e um possível fim de ciclo no mercado financeiro, como consequência aumentaram seus VGVs (Valor Geral de Vendas) e renovaram suas máximas em 2020.
Com o advento da pandemia, o dólar já valorizado no país disparou gerando inflação que obrigou o Banco Central aumentar a taxa básica de juros de 2% para 6,25%, impactando diretamente as construtoras.
Começaremos pela maior do setor, a mineira MRV fundada em 1979 entre a família Menin e a Vega Engenharia com objetivos de construir e incorporar projetos residenciais, após dois anos a Vega Engenharia se retirou da sociedade. Em 2007 abriu seu capital na bolsa variando entre R$ 6,85 à R$12,00 e hoje fechou em R$ 11,60. A MRV está barata?
Podemos observar no gráfico que a MRV está em queda livre rompendo o suporte S1 tendendo a buscar outros suportes. Neste estudo gráfico introduzimos os conceitos de médias móveis, bandas de bollinger, canais e indicadores (OBV/RSI), além dos suportes, lembrando que os mesmos se tornam resistência na inversão da tendência, o básico da analise gráfica. Podemos observar também que a MRV teve forte recuperação após a Crise dos Subprime e pós Pandemia. Com a alta dos juros pressionada pela inflação o cenários não é dos melhores para a MRV.
A Cyrela uma das mais conceituadas construtoras do mercado e a segunda maior do setor, sediada em São Paulo foi fundada em 1962, presente em 16 estados além da Argentina e Uruguai, abriu seu capital na bolsa em 2005 com forte valorização no mercado, sofreu forte correção na Crise dos Subprime e rápida recuperação, assim como a pós Pandemia conforme gráfico abaixo:
Graficamente rompeu o suporte S1, apesar de não estar desenhado um pullback (retorno), antes do suporte S2 no topo da onda em 2018, para os grafistas seria um movimento normal com bons lucros à operar. Porém muito venderiam em qualquer resistência para buscar novos suportes, mas nunca saberemos como o mercado irá reagir. Historicamente a alta dos juros opera contra a tendência das construtoras no país, a Cyrela conseguirá reverter esta tendência? Outra novidade introduzida neste estudo gráfico foi o subcanal desenhado, ponto importante a ser observado caso chegue lá…
Fecharemos esta edição com a JHFS fundada em 1972, sofreu pós Crise dos Subprime, viveu seu apogeu em 2012, passou por sérias dificuldades financeiras e se reergueu no mercado entre 2019 e 2020, se recuperando rapidamente pós Pandemia como MRV e Cyrela, porém com a alta da Selic, está em queda livre, não sendo novidade o rompimento da média de 200 períodos conforme gráfico abaixo:
Graficamente a JHSF tende buscar o suporte S1, a JHSF irá reverter seu histórico de dificuldades financeiras e retornar ao crescimento diante do cenário adverso?
Apesar da retomada do crescimento, o cenário econômico não é dos melhores para o setor.
Na última edição da Recuperação da Economia, como estão se comportando as empresas de serviços Burguer King, Smiles e Cogna do setor mais impactado pela Pandemia. Não Perca!
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Edições Anteriores
A Recuperação da Economia – Parte 1 – Agronegócio
A Recuperação da Economia – Parte 2 – Varejo On Line
Séries Anteriores
Cenário Econômico- Impacto do Open Bank no Mercado Financeiro – As Queridinhas do Setor – Parte 4
Cenário Econômico – Renda Fixa não Morreu – Parte 1
Cenário Econômico – O Impacto da Crise Hídrica no Mercado Financeiro – Parte 1
Cenário Econômico – “O fim da Pandemia” Parte 1 – Blue Chips
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