Walter Delgatti manteve o silêncio diante da oposição
O dia 17 de agosto ficará marcado pelo comportamento dúbio do hacker Walter Delgatti na CPMI, que tenta apurar os fatos de 8 de janeiro, presenciamos o uso do direito ao silêncio com deboche aos senadores e deputados, além da população brasileira, prática utilizada por outros depoentes.
Nesta manhã o hacker chegou falante, respondendo todas as perguntas dos parlamentares do governo, acusando o ex-presidente Jair Bolsonaro, a deputada Carla Zambelli, membros do alto comando do exército, além do ex ministro da defesa Paulo Sérgio Nogueira, na tentativa de fraudar as urnas eletrônicas e causar a ruptura da democracia no Brasil.
Após o almoço da água para o vinho, o hacker falante usou e abusou do direito do silêncio diante dos questionamentos dos parlamentares da oposição, não respondeu e nem mesmo confirmou as acusações feitas nesta manhã, mas a oposição usou o seu tempo para descredibilizar o hacker, além de apresentar postagens com ligação da testemunha declarando seu voto ao presidente Lula nas redes sociais, além de se beneficiar com a venda de livros do atual presidente em 2022.
Lembrando que os acontecimentos relatados pelo depoente que você pode ler aqui, teria ocorrido à partir do dia 10 de agosto do mesmo ano, mas o que realmente deve ser apurado:
– O hacker terá de provar que foi contratado para fraudar as urnas eleitorais.
– Provar a sua participação na elaboração do relatório produzido pelas forças armadas encaminhado ao TSE.
– Apresentar provas da tentativa de ruptura da democracia brasileira por Jair Bolsonaro e membros das forças armadas.
No fim da bombástica CPMI o deputado Rogério Correia, assim como outros parlamentares solicitou a inclusão de Walter Delgatti e seus advogados na proteção a testemunha, que receberam ameaças de morte apresentados hoje na CPMI, e citou que a testemunha foi ameaçada nesta tarde sem citar o parlamentar com a seguinte frase: “A vida dá volta e a sua vida está em risco”, o deputado também pediu a prisão domiciliar do depoente, possivelmente temendo por sua vida no presídio.
A senadora Damares vestiu a carapuça acusando o deputado de distorcer sua fala, jogando sujo, a relatora e senadora Eliziane Gama solicitou que esta oitiva seja encaminhada à PGR para validação desta delação como premiada.
Este foi mais um episódio da CPMI do 8 de janeiro, com a oposição acusando o governo de prevaricação por omissão para evitar o golpe, com o governo na caça do mandante, o presidente da CPMI enviou um ofício aos Direitos Humanos e para o ministro Alexandre de Moraes para a inclusão do depoente na proteção de testemunhas.