No próximo fim de semana, a Stock Car disputa a sétima etapa, que abre a segunda metade da temporada 2023, no anel externo de 2.695 metros do circuito de Goiânia.
Thiago Camilo vai correr com os 30 quilos de lastro de sucesso impostos pelo regulamento ao líder do campeonato. O chefe da equipe Ipiranga Racing, Andreas Mattheis, avalia os tipos de impacto que o lastro pode ter nesse traçado, principalmente depois de a Stock Car vir de duas etapas disputadas em pistas com muitas subidas e descidas, Interlagos e Velocitta, as que mais punem quem carrega o peso extra.
“Essa pista é quase plana, o peso vai influenciar muito menos que no Velocitta. Em Goiânia a reta principal e a curva 1 têm um pouco de descida, e a reta oposta sobe um pouquinho, mas bem suave. A única subida um pouco mais acentuada é justamente na curva Zero com o início da reta principal, e ali a aceleração é um pouco mais baixa, você não entra lançado como entra na curva 1. Então ali eu acredito que a tendência é a gente perder pelo menos um décimo de segundo, e isso é complicado nas e as corridas no anel externo, principalmente na classificação, onde o grid é muito apertado, os tempos muito próximos. Por outro lado, como o lastro fica do lado direito e as curvas são para o lado direito, do lado externo da curva, nesse aspecto a gente vai sofrer menos que nas últimas corridas, quando virava mais para o lado esquerdo, do lado externo”.
A primeira etapa do ano foi em Goiânia, no circuito completo de 3.835 metros, quando todos correram sem o lastro de sucesso que é imposto aos seis primeiros colocados no campeonato. Thiago Camilo fez 39 pontos, vencendo a corrida 2. Na segunda etapa, em Interlagos, Camilo correu com os 25 kg da vice-liderança, fez apenas 11 pontos e caiu para sétimo no campeonato. Na terceira, em Tarumã, sem lastro, fez a pole position, venceu a corrida principal e totalizou 48 pontos, assumindo a liderança. Correu a quarta etapa, em Cascavel, com lastro de 30 kg e fez 32 pontos. Perdeu a liderança para Gabriel Casagrande e correu com 25 kg em Interlagos, onde marcou 21 pontos, e reassumiu a liderança do campeonato. Novamente com 30 kg de lastro, teve uma etapa difícil no Velocitta, onde marcou 13 pontos.
Em seis etapas, foram duas sem lastro, com uma vitória em cada, 87 pontos marcados e média de 43,5 pontos por etapa. Com o lastro firam quatro etapas, duas com 25 kg e duas com 30 kg, e 77 pontos, uma média de 19,25 pontos por etapa, menos da metade.
“Não foi somente o lastro que me fez pontuar pouco em algumas etapas, mas quando você carrega peso consequentemente larga mais para trás, a tendência de se envolver em batidas é muito maior. Com todas as dificuldades nas últimas etapas, consegui me manter na frente e vou para Goiânia com a intenção de abrir um pouco na liderança”, diz Camilo, que tem quatro vitórias em Goiânia (uma delas a Corrida do Milhão de 2015), todas no circuito completo.
Sem lastro, Cesar Ramos vai atrás da vitória
Cesar Ramos, depois de levar lastro de 3º e 4º colocado (20 e 15 kg), teve uma etapa complicada no Velocitta e vai correr em Goiânia sem peso extra. A pista traz boas lembranças para o piloto do Toyota número 30 da Ipiranga Racing, já que foi ali, há menos de um ano (em 23 de outubro de 2022), que ele conquistou sua primeira e até agora única vitória na Stock Car, com um hat trick na corrida principal, também no circuito completo.
“Esse ano na abertura da temporada não fui muito bem em Goiânia, mas é uma pista que eu gosto muito, tenho um excelente histórico, tenho pódio na configuração de anel externo (segundo lugar na corrida principal em 20 de março de 2022, em prova vencida por Rubens Barrichello). Obviamente estando sem lastro vou buscar me reaproximar dos líderes, e vou com foco total na vitória. O objetivo maior é fazer muitos pontos, mas focado na vitória”
Fonte: Alexandre Kacelnik | Ipiranga Racing