Rubens Barrichello vice campeão mundial de F1 2002

O 1° vice de um brasileiro na F1 desde Ayrton Senna em 1993.

O dia 29 de Setembro de 2002 ficará para sempre marcado para o automobilismo brasileiro na F1, e em especial para Rubens Barrichello, que naquele dia, ao vencer o Grande Prêmio dos EUA, no lendário circuito de Indianapolis, conquistou o vice campeonato mundial da F1, que o Brasil tinha conquistado com Ayrton Senna na temporada de 1993, quando se despediu da equipe McLaren, com 5 vitórias e 1 pole position.

A temporada do vice de Rubens Barrichello foi a mais vitoriosa na carreira do piloto na F1, com 3 poles positions, Austrália 1:25:843, no dia 3 de Março, Áustria 1:08:082, no dia 11 de Maio e Hungria 1:13:333, dia 17 de Agosto.

Além das 3 poles Rubens conquistou 4 vitórias na mesma temporada da F1, neste ano de 2002,em Nürburgring, no GP da Europa, no dia 23 de Junho, dia em que seu filho Eduardo completava 9 meses de vida e hoje os dois correm juntos na Stock Car, vitória na Hungria, dia 18 de Agosto, a primeira vitória do Rubens na F1 largando da pole, vitória de Ferrari no lendário circuito de Monza, dia 15 de Setembro e a vitória derradeira em 29 de Setembro de 2002, garantindo a Rubinho o vice campeonato mundial.

Apesar de um ano vitorioso, nem tudo foram flores para Barrichello na temporada de 2002, pois foram 3 abandonos logo de início nas 3 primeiras corridas do ano, Austrália, Malásia e Brasil, de onde largou em 8° e chegou a liderar a prova, mas na 17ª volta a Ferrari n° 2 deixou o brasileiro a pé diante de seu público em Interlagos.

O episódio mais triste da temporada veio no fim de semana do GP da Áustria, fim de semana de 11 e 12 de Maio, dia das mães aqui no Brasil, quando Rubens, que largou da pole com 1:08:082, liderou de ponta a ponta e no final da prova recebeu ordens da Ferrari para ceder o 1° lugar ao seu companheiro de equipe, o alemão Michael Schumacher. Resultado deste jogo de equipe: Uma sonora vaia da torcida austríaca para a Ferrari, cara de nojo de Talf Schumacher e uma multa de 1 milhão de dólares aos pilotos impostas pela FIA.

Daquele dia em diante, Rubens Barrichello aos 30 anos mostrava dua maturidade e talento e que podia sim, vencer Schumacher na pista em condições iguais, mesmo tendo um companheiro de equipe fora de série.

Vieram mais 3 vitórias na temporada, Europa, Hungria e Itália, além de um 7° lugar em Mônaco, 3° lugar no Canadá, 2° na Inglaterra, 4° na Alemanha, 2° na Bélgica, faltava aquela dívida do Schumacher na Áustria.

No GP dos EUA, Schumacher largou na pole com Rubens em 2°, as Williams de Juan Pablo Montoya e Ralf Schumacher ainda tinham remotas chances de brigar pelo vice, mas logo no início da prova os dois pilotos se acham e batem na freada da curva 1, para fúria e desespero do diretor da Williams, Patrick Head.

A Ferrari liderou a prova de ponta a ponta e na linha de chegada, Schumacher tira o pé para que Rubens pudesse vencer e conquistar o vice campeonato, liquidando a dívida da Áustria, a diferença entre eles na linha de chegada foi de 0.011, a menor da história, superando o recorde de Ayrton Senna e Nigel Mansell, no GP da Espanha em Jerez de la Frontera em 13 de Abril de 1986, quando Ayrton de Lotus chegou a 0.014 à frente de Mansell de Lotus.

Aquela foi a 4ª vitória de Rubens Barrichello na temporada e a 5ª na carreira, se igualando a Clay Regazzoni, idolo da Ferrari nos anos 70.

Com 4 vitórias na mesma temporada, o Brasil teve sua temporada mais vitoriosa na F1 desde 1993, quando Ayrton Senna venceu 5 corridas, no Brasil, Europa, Mônaco, Japão e Austrália.

Após a conquista do vice campeonato, Rubinho mostrou ao mundo da F1 seu talento e seu valor, mostrando que era muito mais que um 2° piloto como muitos diziam, pois ser o 2° melhor no mundo em sua profissão é para um grupo extremamente restrito e ele conseguiu!

Valeu Rubinho!!!