A Embaixada da Venezuela em Brasília pediu uma reunião ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva após o presidente e o Itamaraty fazerem críticas ao processo eleitoral de Caracas. A informação é da Sputnik Brasil.
Na quarta-feira (27), diplomatas venezuelanos ligaram para o Itamaraty para pedir um encontro após as declarações. De acordo com a revista Veja, espera-se que o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, se reúna com o embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, nos próximos dias, mas a reunião ainda não tem data precisa.
O Itamaraty lançou uma nota afirmando que observava com “preocupação” o processo eleitoral, e que apesar “de repudiar quaisquer tipos de sanções” que “apenas contribuem para isolar a Venezuela”, o fato da candidata da oposição indicada pela Plataforma Unitária Democrática (PUD) não poder se registrar “não é compatível com os acordos de Barbados”.
Caracas respondeu ao comunicado do Ministério das Relações Exteriores o rejeitando e classificando-o como “cinzento e intervencionista, redigido por funcionários da chancelaria brasileira, que parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos“.
Segundo um interlocutor próximo a Maduro, que falou ao jornal O Globo na condição de anonimato, Vadell deve destacar que a agenda bilateral é ampla e construída com diálogo e trabalho.
A reunião terá o objetivo de “trocar percepções” e informar a Amorim que faltaram subsídios para o governo brasileiro avaliar o que na realidade está acontecendo naquele país. No entanto, a troca de notas entre as chancelarias e a posição crítica de Lula verbalizada pelo presidente na quinta-feira (28) sobre o que acontece não justificam um distanciamento, disse esse interlocutor.
Isto porque a agenda bilateral Brasília-Caracas é intensa, com muito trabalho a ser feito e uma fronteira comum de pouco mais de dois mil quilômetros.
Do lado brasileiro, apesar da mudança de tom, Lula se colocou à disposição para ajudar no processo eleitoral.
Mas integrantes do governo brasileiro frisam que isso só vai acontecer se o Brasil for convidado — assim como foi feito no ano passado, quando representantes de Maduro e da oposição firmaram o chamado Acordo de Barbados, para que as eleições sejam livres, transparentes e justas, escreve a mídia.
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