Na edição anterior abordamos os três maiores participantes do índice IFNC os bancos Itaú, Bradesco e a Bolsa de Valores B3, juntas correspondem a mais de 50% de participação do índice, os bancos tendem a encarar muitos desafios com o advento do Open Bank, diferentemente da B3. Confira

Nesta edição veremos como estão se comportando as Fintechs negociadas na B3, que estão fazendo frente aos grandes players do setor financeiro. Abordaremos o BTG Pactual um dos percursores do banco digital junto com Banco Inter e a Cielo, a primeira fintech listada na B3.

O Banco BTG Pactual foi fundado em 1983 pelo atual ministro da economia Paulo Guedes com mais dois investidores do mercado, como um banco de investimento com administração de fundos, gerenciamento de patrimônio, onde as lojas físicas e atendimento ao público nunca foram prioridades.

Em 25 de Abril de 2016 teve início a resolução N 4.480 um marco para o setor, permitindo a criação de contas digitas. Em fevereiro de 2017 o BTG  faz seu IPO com os tikers (BPAC11 / BPAC4 / BPAC3).  Após seu lançamento teve 10% de valorização nos primeiros dias, quem comprou o ativo neste dia amargou 40% de perda do capital em um mercado em desenvolvimento.

Mas não teve com segurar o crescimento deste mercado, principalmente com a chegada da pandemia, observe as fortes valorizações do ativo: em 2017 foram 85%, em 2018 subiram 200% do fundo ao topo. Em 2019 foi realizada oferta pública secundária lançando novas ações no mercado, após o reajuste chegou a ser negociada na casa dos R$ 10,00, dobrou de valor aos R$ 20,07 até a pandemia, que provocou a derrocada da cotação na casa dos R$ 7,00.

Porém foi um dos ativos que se recuperou mais rápido durante a pandemia, chegando a ser cotada a R$ 32,00 são 440% de valorização, surpreendente a trajetória do ativo que soube tirar proveito do banco digital durante a pandemia se tornando uma das maiores plataformas de investimento do país.

JW News – BPAC11 D: (Investing)

Com a chegada do Open Bank onde a concorrência tende a acirrar a disputa pela oferta de crédito já corrigiu 17%, como o BTG se comportará frente a concorrência? Apesar de ser um banco de investimento o empréstimo é uma das fontes mais rentáveis de renda dos bancos.

O Banco Inter fundado em 1994 pela família Menin proprietária do grupo MRV (construtora) com propósito de fomentar o crédito imobiliário se tornou um dos principais bancos digitais do país. Abriu seu capital em 2019 cotado à R$ 14,11, quem fez a gestão ativa no seu primeiro mês de negociação poderia te operado até 80% de lucro e 45% posteriormente, diferentemente de quem carregou o ativo até a pandemia, onde sofria 50% de perda desde seu IPO.

Durante a pandemia assim como o BTG teve forte valorização, para quem faz a gestão ativa teve chance de 1100% de valorização, e os passivos acumulam neste momento 371% conforme gráfico abaixo:

JW News: BIDI11 D (Investing)

Desde o anuncio do Open Bank o ativo corrigiu 30%, os desafios são os mesmo a ser enfrentados com os demais bancos, o compartilhamento de dados permite que todas as instituições tenham acesso a essa demanda para gerarem suas ofertas, quanto maior a concorrência menor o lucro.

Para fechar esta edição abordaremos a fintech mais antiga listada na B3, a Cielo foi criada em 1995 para unificar o sistema de pagamento em todo país considerado defasado, lançou suas famosas “maquininhas” que transformou a forma do brasileiro gastar.

Em 2009 estreou na bolsa brasileira cotada a R$ 5,09 em dois anos foram 30% de perda para os investidores, em 2011 mesmo o mercado brasileiro no topo onde corrigiria até 2016, a Cielo foi contra cíclica valorizando incríveis 600% até 2015 formando o topo duplo em 2016 quando a bolsa começou a subir, com a chegada da concorrência no mercado a cotação da Cielo começou a derreter, conforme gráfico abaixo:

JW News: CIEL3 D (Investing)

Quem investiu em 2016 acumula 90% de perda do capital, já se cogitou no mercado até o fechamento da empresa, não confirmado pelos controladores da companhia. A Cielo continua líder no mercado de pagamentos, apesar das margens reduzidas pela concorrência e forte impacto da pandemia, com o avanço da vacinação e lançamento de novos produtos poderá recuperar suas margens de lucro?
Acontecimentos passados não são garantias futuras, caso o IBOVESPA esteja no fim do seu ciclo a Cielo poderá ser novamente o ativo contra cíclico?

Na próxima Quarta-Feira no Cenário Econômico como estão se comportando 3 bancos considerados Small Caps listadas na B3, o Banco Barinsul, Banco ABCB e Banco BMG frente ao Open Bank. Não perca!

Leia a 1ª Edição – Impacto do Open Bank no Mercado Financeiro – Parte 1 – Bancos

Leia a 2ª Edição – Impacto do Open Bank no Mercado Financeiro – Parte 2 – TOP 3 do INFC

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Cenário Enocômico – Renda Fixa não Morreu – Parte 1 

Cenário Econômico – O Impacto da Crise Hídrica no Mercado Financeiro – Parte 1

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