Na série anterior abordamos os Impactos do Open Bank no Setor Financeiro em 5 edições no mês de setembro finalizando com “As Queridinhas do Setor”, nesta série abordaremos a Recuperação da Economia neste mês de outubro, começando pelo Agronegócio, principal responsável pelo superávit da balança comercial.
Com a queda da taxa Selic à 2,5% em 2020 onde houve evasão de dólar do país e consequentemente disparada na cotação da moeda, os alimentos no Brasil ficaram “baratos” para os gringos e inflacionados para o povo brasileiro, se quiser entender melhor sobre a inflação no país acesse: Cenário Econômico – Inflação no Foco. Mas o que importa é que após o recorde de exportação em 2020, neste mês de agosto tivemos mais um novo recorde para o setor com a receita de 10,9 bilhões de dólares, o melhor agosto da história.
Na B3 há quase 20 empresas listadas no setor, nesta edição abordaremos como estes três ativos estão se comportando com a recuperação econômica no país e que impactam diretamente no bolso do consumidor brasileiro, para carne selecionamos a BR Foods, para o arroz a Camil e o açúcar e álcool com a Cosan.
A Br Foods é fruto da fusão entre as marcas Sadia e Perdigão anunciada em 2009, com Abílio Diniz como presidente do conselho 2013 a empresa se torna uma das maiores empresas alimentícias do mundo operando em 117 países, sofreu com o custo do grãos, com a adaptação dos custos de logística e agora energia.
No gráfico podemos observar que a BR Foods se comportou anticíclica com relação ao índice, entre 2009 e 2015 enquanto o índice Ibovespa corrigia a cotação da BR Foods subiram incríveis 470%, porém em 2016 enquanto o Ibovespa foi renovar suas máximas em 2020 a Br Food perdeu 82% de valor de mercado. Estaremos diante de uma nova correção do Ibovespa e um novo ciclo de alta para BR Foods? A demanda de alimento para o mundo tende a aumentar, o cenário econômico brasileiro vive seu pior momento diante da crise sanitária, crise política e institucional, CPI, alto desemprego e fome.
Graficamente o rompimento da resistência R1 poderá levar o ativo a R2 e seu rompimento consolida seu movimento para R3, mas ainda é possível testar o suporte S1 e seu rompimento ao S2, apesar de ser insano pensar em BR Foods à R$ 2,84, no mercado nada é impossível.
Na B3 temos duas empresas que produzem arroz a Camil e a Josapar da marca tio João, abordaremos a Camil por ser o maior ativo e possuir um pouco mais de liquidez no mercado, apesar de ambas impactarem no bolso do brasileiro e estarem passando pela recuperação da economia do país.
A Camil foi listada na B3 em 2017, não podemos afirmar que é um ativo anticíclico como a BR Foods demonstrou ser, apesar de não ter subido entre 2017 e 2019 com o índice Ibovespa, foi um dos primeiros ativos listado na B3 a se recuperar após a chegada da pandemia, assim como foi um dos primeiros a corrigir como podemos observar no gráfico abaixo:
Como citado a demanda de alimento para o mundo tende a aumentar assim como os problemas interno no país podem afetar, graficamente caso não perca a resistência R1 que se tornou um suporte poderá continuar sua recuperação, caso rompa poderá buscar os suporte S2 e seu rompimento o S3.
Para finalizar esta edição apesar do açúcar não impactar no lar, o álcool com certeza impacta na frota brasileira e a Cosan é a principal produtora de etanol do país, detentora da marca Shell.
Foi listada na B3 em 2006, perdeu valor de mercado até 2008 recuperando suas cotações até 2013 com a intervenção do governo no preço dos combustíveis sofreu nova correção, em 2015 antecipou o mercado e iniciou seu movimento e foi um dos ativos que se privilegiaram com a pandemia renovando suas máximas, principalmente com a demanda de álcool gel que hoje faz parte dos nossos costumes, além da cotação do dólar que privilegia o setor.
Em maio de 2021 foi desdobrada de 1 para 4 ações trazendo maior liquidez ao mercado, chegou a ser cotada a mais de R$ 90,00, o gráfico abaixo já considera o desdobramento, podemos observar que a Cosan renovou suas máximas após maio. O rompimento da resistência R1 renovará novas máximas, porém o rompimento do suporte S1com a média móvel de 77 períodos poderá levar o ativo a fortes correções conforme gráfico abaixo:
Mas até quando usaremos álcool em gel? Com a alta da taxa Selic no longo prazo o dólar tende a cair, poderá afetar as margens e seu forte crescimento? Para muitos analistas apesar de ser uma ótima empresa uma correção seria normal após renovar suas máximas.
A Cosan se beneficiou da pandemia e não sabemos até quando continuará se beneficiando, a Camil apesar da forte recuperação sofreu forte correção e a BR Foods tomara que desengate a recuperação econômica neste trimestre.
Na próxima edição veremos como as três líderes de vendas pela internet Magalu, BTOW e Via Varejo estão se recuperando com a economia.
Séries Anteriores
Cenário Econômico- Impacto do Open Bank no Mercado Financeiro – As Queridinhas do Setor – Parte 4
Cenário Econômico – Renda Fixa não Morreu – Parte 1
Cenário Econômico – O Impacto da Crise Hídrica no Mercado Financeiro – Parte 1
Cenário Econômico – “O fim da Pandemia” Parte 1 – Blue Chips
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