As  soluções  para manter a segurança hídrica no Estado de São Paulo foram  discutidas  nesta  terça-feira,  (2),  durante a COP26, em Glasgow, na  Escócia,  pelo  Secretário  de  Infraestrutura  e Meio Ambiente do Estado,
Marcos  Penido,  e  pelo  diretor-presidente  da  Sabesp,  Benedito Braga,  durante  o  painel “Water Scarcity and resilience: Partnership to identify  solutions”.

Na  abertura do evento, ocorrido na chamada Blue Zone,  Penido  destacou que a escassez de água é um desafio global, cada vez mais  evidenciada com as mudanças climáticas, e relembrou que, em 2014, a Região  Metropolitana  de  São  Paulo  viveu  um  período  de estiagem severa, mas  conseguiu, a partir de obras realizadas pela Sabesp,  garantir  o  abastecimento de 12 milhões de pessoas.

“A  escassez hídrica e os efeitos de anos de negligência ambiental não têm  fronteira,  não  têm classe social, não nos dividem, mas nos unem. É com  essa  união  que podemos quebrar barreiras, mudar cultura e trabalhar para
deixar  um  legado  para as futuras gerações. É isso que queremos para São  Paulo, para o Brasil e para o mundo: união e respeito pelo meio ambiente”,  disse Penido.

O  diretor-presidente da Sabesp, Benedito Braga,  afirmou que “as mudanças  climáticas   estão   trazendo impactos   de  curto  prazo  no  setor  do  abastecimento  de  água,  que  são  sentidos principalmente com secas mais  longas. Mecanismos de adaptação a essa realidade, como gestão da demanda e  infraestrutura resiliente, são fundamentais para enfrentar esse desafio”.

Benedito  Braga  explicou  o trabalho feito pela companhia para reforçar a  segurança  hídrica  na Grande São Paulo, uma área densamente povoada e com  baixa  disponibilidade de água que vem registando baixos padrões de chuvas
há  uma  década.   Foram  mostradas  ações para a ampliar a integração dos  diversos  sistemas  de  abastecimento,  a  infraestrutura  de  captação  e  reservação de água e o combate a perdas na distribuição, além campanhas de
conscientização do consumidor final e parcerias para reuso de água.

O programa Novo Rio Pinheiros, que prevê a despoluição do rio paulista até  2022 também foi abordado nas discussões com os participantes do evento. Na  ocasião foram destacados os números relacionados ao projeto como a conexão  de  mais  de  425  mil  imóveis  ao  serviço  de  saneamento básico, o que  corresponde a mais de 80% da meta prevista dentro do projeto.

A  COP26 acontece até 12 de novembro e, além das contribuições nos debates  sobre  segurança  hídrica,  o  Estado de São Paulo já anunciou no evento o  investimento  de  R$  100  milhões  da  Fapesp para Amazônia e reafirmou o  compromisso do Estado com as metas do Acordo de Paris.

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